Com Petrobras em disparada, o que é melhor: preferenciais ou ordinárias?
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Com o petróleo brent batendo na porta dos 90 dólares o barril, cresceu a procura pelas petrolíferas na bolsa de valores brasileira. A Petrobras, maior delas, disparou junto com o petróleo e já sobe 20%. Mas a empresa tem dois tipos de ações em negociação: as ordinárias e as preferenciais, e as diferenças entre elas são importantes na hora de decidir onde alocar os investimentos. As ações ordinárias da companhia (PETR3) têm como diferencial a participação nas decisões da empresa por meio do direito a voto nas assembleias, embora o controle majoritário da empresa seja do governo federal. Além disso, em uma eventual privatização da companhia, o investidor terá direito a receber pelo menos 80% do valor da cotação de mercado.
Já as ações preferenciais (PETR4), que são referência para o mercado, possuem preferência no pagamento de dividendos. “As ações preferenciais são mais fáceis de transacionar porque circulam mais no mercado e costumam ser a porta de entrada para o estrangeiro, por exemplo, por causa dos dividendos. O maior benefício das ordinárias é o recebimento de até 80% do valor de mercado em uma eventual venda, mas a participação em assembleias é pouco relevante ao levarmos em conta o controle majoritário do governo federal”, avalia Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da FGV. Em geral, ambas negociam de maneira muito semelhante, embora os papéis preferenciais sejam mais voláteis justamente pelo maior volume de negócios. Às 14h23, as ações ordinárias da Petrobras subiam 3,91%, enquanto as preferenciais avançavam 3,39%. No janeiro das petrolíferas, ambas acumulam altas de 21,17% e 19,75%, respectivamente.
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