‘Clima péssimo’: os bastidores da Petrobras após prejuízo histórico
A empresa anunciou prejuízo de 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre, o primeiro resultado negativo desde 2020
O clima na Petrobras é péssimo, garantem interlocutores da companhia consultados pela coluna. A empresa anunciou nesta quinta-feira, 8, prejuízo líquido consolidado de 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre, o primeiro resultado negativo desde o terceiro trimestre de 2020.
A companhia atribuiu os resultados à combinação de dois fatores: o impacto de perdas cambiais e os efeitos do acordo fechado com a União em junho para encerrar disputas judiciais sobre dívidas tributárias estimadas em 45 bilhões de reais. “Estão tentando botar a culpa do prejuízo no acordo com o Fisco, mas a verdade é que o maior peso não foi o acordo com o Fisco, pois ali seria apenas saída de caixa”, diz em condição de anonimato um ex-presidente da estatal. “O fato é que a produção caiu, não se sabe se por paradas técnicas ou ritmo menor.” Junto ao resultado trimestral, a Petrobras divulgou que a produção cresceu de ano para ano, o que é verdade, mas com queda no trimestre. “Impressionante foi a rapidez em inverter o melhor resultado da história de 70 anos da empresa em apenas três meses”, diz o ex-presidente da Petrobras. “A produção caiu, e a diretora, que não tem três meses de cargo, está de férias.”
“O desânimo, a intriga, o medo e a perseguição voltaram a reinar. Segundo muitos, ‘pior do que nos tempos de Bolsonaro’. O clima é péssimo”, completa.