Chineses protestam pela renúncia de Xi Jinping e mercados balançam
VEJA Mercado: manifestantes são contrários à política de Covid zero em vigor no país
Pelo menos oito cidades chinesas registraram manifestações que pedem a renúncia do presidente Xi Jinping no último final de semana. Os protestos ganharam escala e os manifestantes querem o fim da política de Covid zero, que provoca confinamentos e testagens em massa no país. Depois de registrar a primeira morte oficial por Covid-19 em seis meses, as autoridades chinesas voltaram a endurecer as medidas contra o aumento de casos que, por consequência, provocam uma importante desaceleração na economia local. Estima-se que o desemprego juvenil esteja na casa dos 20% no país. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento econômico de 3,2% na China em 2022, número substancialmente inferior ao avanço de 8,1% anotado em 2021.
Nos mercados, as bolsas asiáticas e europeias, assim como os futuros americanos, negociam em baixa na manhã desta segunda-feira, 28. As commodities também operam no vermelho e próximas das mínimas do ano. O petróleo do tipo brent, usado como referência pela Petrobras, é negociado a 81 dólares o barril. A leitura, para isso, é de que os temores de uma recessão a nível global provocada pelos ciclos de altas de juros e pela desaceleração na economia chinesa trazem consigo a tese de que a demanda por commodities deve cair, o que influencia negativamente nos preços dessas matérias-primas.