Casa da Moeda se prepara para religar sistema de controle de bebidas
Uma em cada 3 bebidas comercializadas no país é falsificada. Controle tem objetivo de inibir mercado ilícito e aumentar arrecadação

Após quase uma década desligado, o sistema de controle de bebidas no Brasil será reativado ainda este mês. Após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), a Receita Federal (RF) e a Casa da Moeda do Brasil (CMB) terão que reinstalar os equipamentos de controle nas fábricas de todo o país. A expectativa com a retomada é não só o aumento da arrecadação, mas também o combate à falsificação e ao crime organizado.
“A rastreabilidade é parte essencial de uma política moderna de segurança pública, pois enfraquece as estruturas econômicas do crime organizado e amplia a capacidade do Estado de interromper cadeias ilícitas”, afirma Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Dados da Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) indicam que 36% do volume total de bebidas vendidas no país é adulterado.
Em relação à arrecadação, um estudo divulgado recentemente pelo Fórum Nacional de Segurança Pública (FNSP) revelou a possibilidade de aumento de 40% na arrecadação tributária do setor – como ocorreu no primeiro ano de funcionamento do sistema, em 2009, quando houve um reforço de 4,5 bilhões de reais aos cofres públicos.
Atualmente, a indústria autodeclara sua produção.