Brasileirão vê crescimento de naming rights e supera Premier League
Faturamento é de 2 bilhões de reais; 30% das equipes começam a atual edição com uma marca batizando seus estádios

O Campeonato Brasileiro começou neste ano com número recorde de estádio com contratos firmados para a venda de naming rights de estádios. São seis no total, quantia que representa 30% das casas dos clubes participantes: Allianz Parque (Palmeiras), Neo Química Arena (Corinthians), Ligga Arena (Athletico-PR), Arena MRV (Atlético-MG), Morumbis (São Paulo) e Casa de Apostas Arena Fonte Nova (Bahia). Somados, esses valores representam mais de 2 bilhões de reais. “O fato de as equipes deixarem de relutar em mudar o nome dos estádios em nome da tradição também é um fator que expressa uma nova mentalidade comercial. Ouvi por muito tempo, por exemplo, que jamais chamariam o Morumbi por qualquer outro nome”, diz Joaquim Lo Prete, diretor da Absolut Sport no Brasil, agência de experiências esportivas.
A quantidade de estádios nomeados por alguma marca, na série A, já é maior do que no Campeonato Inglês, por exemplo. Na temporada 23/24, a Premier League tem cinco estádios com o nome oficial vendido a alguma empresa, casos de Emirates Stadium (Arsenal), Vitality Stadium (Bournemouth), Gtech Community Stadium (Brentford), Amex Stadium (Brighton) e Etihad Stadium (Manchester City). “O recente processo de profissionalização que atravessa o futebol baiano e o potencial de crescimento das receitas do espaço foram dois fatores essenciais para realizarmos esse movimento. O local também se destaca com grandes shows e possui plenas condições de sediar jogos da Seleção Brasileira e finais de torneios internacionais”, diz Anderson Nunes, diretor de Negócios da Casa de Apostas.