Pagar 600 euros — cerca de 6 mil reais, de acordo com o câmbio — por pessoa para reconhecer a cidadania italiana não gerou o efeito desejado pelo governo do bel paese para amenizar — ou dificultar — o trâmite que entope as repartições do país. Em janeiro de 2025, 804 pessoas contrataram o serviço da Nostrali Cidadania Italiana, contra 840 no mesmo período do ano passado.

Além da taxa exigida pelo governo, o serviço da consultoria custa cerca de 9 mil reais por cliente em uma família com dez pessoas e opera por via judicial, ou seja, apelam ao jus sanguinis — direito de sangue –, provando que se trata de um direito de descendência. Total aproximado: 15 mil reais.

O perfil de quem requer a cidadania hoje oscila entre 25 e 40 anos e pode sair em até três anos com a contratação de um serviço especializado. Para David Manzini, jurista da consultoria, a nova Lei Orçamentária italiana nao se justifica. “Divorciar-se na Itália custa 98 euros para quem tem um patrimônio de 1 milhão de euros. Exigir 600 euros por pessoa é muito caro, mas fomos surpreendidos. A procura está aumentando em fevereiro e deve crescer 40% esse ano”, diz.

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