A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) — que representa as plataformas de entrega de comida e encomendas como iFood, 99 Entregas, Uber Flash — publicou uma nota sobre a paralisação dos entregadores que completou hoje o segundo dia, afirmando respeitar o direito à manifestação e destacando que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os profissionais.
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Sobre a remuneração oferecida aos entregadores, que é uma das principais reivindicações do movimento Breque Nacional dos Apps, a entidade cita dados do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que indicam um crescimento de 5% acima da inflação na renda média dos entregadores entre 2023 e 2024.
Segundo o levantamento, os trabalhadores do setor passaram a receber, em média, R$ 31,33 por hora trabalhada. Os entregadores reivindicam um reajuste na taxa mínima por entrega, elevando-a de R$ 6,50 para R$ 10,00, além do aumento do valor pago por quilômetro rodado, que passaria de R$ 1,50 para R$ 2,50.
A Amobitec informa que apoia a regulação do trabalho mediado por plataformas digitais. Segundo a associação, a formalização do setor pode garantir proteção social aos trabalhadores e segurança jurídica às atividades. “As empresas associadas atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery”, afirmou a entidade, em nota.
Fundada em 2018, a associação reúne empresas de tecnologia que atuam na mobilidade de bens e pessoas e no e-commerce. Além das plataformas Ifood, Uber e 99, fazem parte da Amobitec, empresas como Alibaba, Amazon, Buser, Flixbus, Lalamove, Nocnoc, Shein e Zé Delivery.
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