Alessandro Vieira: “Extrateto de R$ 200 bi por quatro anos não é razoável”
Para senador, que apresentou uma proposta alternativa à PEC do PT, Congresso deve colocar 'pé no freio' no ímpeto do governo eleito

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que protocolou uma proposta alternativa à PEC da Transição, apresentada pelo governo eleito, acredita que não seja “razoável” aprovar um montante excedente de quase 200 bilhões de reais ao teto de gastos por quatro anos, como defendeu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) na tarde desta segunda, 21. Em sua proposta, Vieira defende que apenas o complemento para o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) no valor de 600 reais e o Benefício da Primeira Infância adicional de 150 reais por criança às famílias seja efetuado, reduzindo o montante extrateto para 70 bilhões de reais.
“Não acho que seja razoável fazer nesse momento qualquer gasto extrateto que seja por quatro anos ou por tempo indefinido. Eu acho que a gente tem que tratar agora apenas do que é considerado indispensável e urgente para o país”, afirmou ele, ao Radar Econômico. Vieira acredita que a proposta apresentada pelo governo eleito dificilmente irá prosperar sem ajustes feitos pelo Congresso. “Não é possível cravar nada, mas eu não vejo chances de aprovação da proposta da forma como ela foi ‘apresentada’ originalmente”, reitera, usando aspas para ressaltar que o texto com a proposta do governo eleito em si ainda não foi apresentado. “Acredito que algumas coisas da PEC tenham uma boa aceitação, desde que com limitação temporal e com o menor valor extrateto possível.”
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