Agências de riscos podem rebaixar classificação do Brasil por ineficiência
VEJA Mercado: recados não faltam sobre falta de progresso na recuperação fiscal do país
As agências de classificação de riscos podem rebaixar a nota de crédito do Brasil nos próximos meses. Especialistas alertam que o país está mais próximo de um descenso do que de um aumento na classificação pelas agências. Mais recentemente, a agência Fitch manteve a nota de crédito do Brasil em BB e faliu sobre a lenta recuperação fiscal do país. Alertas não faltam sobre a falta de progresso nesse campo. “As incertezas fiscais continuam sendo uma fonte de risco macroeconômico mais amplo, tendo se manifestado na recente volatilidade do mercado, e as perspectivas de reformas estruturais para enfrentar os desequilíbrios subjacentes provavelmente só ficarão mais claras após as eleições de 2026”, diz o relatório. Em maio, a Moody’s rebaixou de positiva para estável a perspectiva para a nota brasileira.
“As revisões positivas das agências em 2023 aconteceram por causa do arcabouço, que agora está sendo implodido pelo governo. O relatório da Fitch é muito contundente ao dizer que a trajetória dívida/PIB não é saudável. As agências não atuam em campo especulativo, elas emitem os alertas e concluem o rebaixamento quando de fato o arcabouço implodir”, disse Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, em entrevista ao programa VEJA Mercado. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
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