Acionistas mostram aumento de rejeição a propostas de assembleias gerais
Chancela de remunerações para executivos caiu 4 p.p. em 2023
Os acionistas de companhias abertas listadas na B3 aumentaram sua exigência em relação a propostas apresentadas em assembleias gerais ordinárias (AGOs) em 2023, como as que tocam em remuneração de executivos e composição de conselhos administrativos. A taxa média de aprovação das propostas de remuneração caiu 4,2 pontos percentuais frente ao ano anterior, indo de 95,3% para 91,1%, segundo um estudo da consultoria global em estratégia e governança empresarial Morrow Sodali. O dado leva em conta as empresas que compõe o Índice Brasil 50 (IBrX 50), da B3. Segundo Agnes Blanco Querido, diretora-geral da companhia no Brasil, o ano de 2023 trouxe certa estabilidade ao mundo dos negócios quando comparado ao período entre 2020 e 2022, direcionando a atenção de acionistas para temas como remuneração e conselhos. “Os investidores não estão dispostos a tolerar políticas de remuneração com poucas informações ou sem transparência. As companhias que quiserem apoio de seus investidores às propostas que vão apresentar nas AGOs de 2024 precisarão ter feito a lição de casa”, diz. No ano passado, a participação média dos acionistas nas assembleias foi de 75,1%, ante 73,6% em 2022. Ainda assim, o quórum médio continua abaixo do registrado em 2019, de 80,1%.