Acionista da Paranapanema vai ao Pará para suspender execução bilionária
Mineração Buritirama consegue decisão na Justiça do Pará que impede arresto de seus bens pessoais e das empresas em disputa contra bancos

O empresário João Araújo que, por meio da Mineração Buritirama, é o maior acionista da Paranapanema, está tentando e conseguindo levar os processos judiciais contra ele e suas empresas para a Justiça do Pará. Nesta semana, ele conseguiu uma decisão que impede que seus bens pessoais e mesmo os de suas empresas sejam penhorados pelos bancos. O empresário sequer abriu uma recuperação judicial, mas um pedido de mediação para renegociação de dívidas. Bancos como Bradesco, Citibank, Itaú Unibanco, Santander e Votorantim, cobram cerca de 1 bilhão de reais em dívidas da Buritirama na Justiça paulista e muitos já tinham decisões para arrestar bens de Araújo e da empresa. Para os bancos, ficou no mínimo desconfortável a mudança de jurisdição. Para a Buritirama, o discurso é de que a decisão abre caminho para um “ambiente propício ao avanço das negociações”. O empresário, por meio da sua assessoria de imprensa, disse que confia na resolução da composição das dívidas em juízo e acrescentou uma frase curiosa: “sendo que tudo que seja dito além disso deve ser encarado no momento como mera especulação.” Ele não explicou que especulações lhe incomodariam.
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