A reação ao duro revés de Ambev e Heineken para a Copa imposto pelo Cade
VEJA Mercado: papéis caem depois da autoridade proibir a assinatura de novos contratos de exclusividade com bares
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) impôs um duro revés às cervejeiras – em especial à Ambev e Heineken, que detêm cerca de 80% de participação no mercado nacional. A autoridade proibiu que as marcas fechem contratos de exclusividade com os bares até o fim da Copa do Mundo. Depois disso, os contratos precisam se limitar a 20% de pontos de venda e a 20% por volume de cerveja em uma base territorial que engloba 17 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Recife, Goiânia, Belém, Porto Alegre, Guarulhos, Campinas, São Luís, São Gonçalo e Maceió.
Caso as marcas descumpram a decisão, serão multadas em um milhão de reais por estabelecimento excedente. Para os analistas do Credit Suisse, a decisão “é marginalmente negativa para a Ambev e os impactos ainda são incertos”. Por volta de 15h, os papéis da companhia negociavam em queda de 2%. Em nota, a companhia diz que tomará as medidas cabíveis. “Recebemos com total surpresa a decisão monocrática divulgada hoje, especialmente depois da superintendência-geral do Cade ter concluído que não havia qualquer evidência para impor medida preventiva. Tomaremos as medidas cabíveis. Na Ambev, respeitamos a legislação brasileira com seriedade”, afirma.
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