A proposta do BTG Pactual por ativo valioso de Eike Batista
Instituição financeira oferece valor-piso determinado em nova etapa do certame pela debênture do empresário e postula-se como favorita a arrecadar o bem

O banco BTG Pactual apresentou uma proposta no valor de 360 milhões de reais pelos direitos da debênture do ex-bilionário Eike Batista, que foi levada à leilão após a falência da mineradora MMX, do grupo EBX. O imbróglio acerca da destinação do ativo dura desde o segundo semestre de 2021, quando a Associação Brasileira de Investidores, a Abradin, mapeou esse bem e o indicou ao administrador judicial responsável por ressarcir os credores da empresa falida por meio da desconsideração da personalidade jurídica do empresário. Outras empresas se postulam para adquirir o ativo, mas fontes indicam que o BTG é, no momento, o “favorito” para adquirir o ativo, apesar de que o processo competitivo pode elevar o patamar dessa proposta.
O valor de 360 milhões de reais é o piso estabelecido para a nova etapa do certame. A disputa é referente aos títulos de dívida emitidos em 2008, na época do repasse do controle da MMX Minas-Rio, de Eike, para a Anglo American. O empresário move um processo na Justiça para reaver os direitos sobre o bem e desejaria, segundo fontes, a arrecadação de 800 milhões de reais pelo ativo, como forma de liquidar sua delação premiada em acordo protocolado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Estima-se que as debêntures envolvidas no processo devam render entre 20 milhões e 50 milhões de dólares por ano de 2025 a 2050.