A promessa comum entre Lula e Bolsonaro que provocou correria nas empresas
VEJA Mercado: dividendos estão na mira dos presidenciáveis
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) entendem como necessária a aprovação de uma reforma tributária logo no primeiro ano de mandato, caso sejam eleitos, e ambos acreditam que um dos pontos relevantes dessa proposta é a tributação de dividendos. Pelo menos por parte das empresas, já existe um movimento de distribuir a maior quantidade possível de proventos aos seus acionistas antes que as quantias sejam tributadas.
De acordo com um levantamento da MZ Group obtido pelo Radar Econômico, somente no primeiro semestre deste ano foram distribuídos 177,4 bilhões de reais em dividendos pelas empresas listadas no Ibovespa. No igual período de 2021, foram 39,2 bilhões. É bem verdade que os números foram inflacionados pela Petrobras que, sozinha, distribuiu 100 bilhões de reais no período. Ainda assim, as cifras continuam superiores ano a ano ao retirarmos a Petrobras da lista.
“As empresas passaram a distribuir mais dividendos pelo receio de tributação, foi um movimento de toda a bolsa”, avalia Francisco Levy, estrategista-chefe da Vitreo. Em 2021, quando existiu um burburinho de tributação de dividendos em uma possível reforma tributária do governo, os ativos locais reagiram mal e a bolsa passou a negociar em baixa.
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