A nova ponderação do Banco do Brasil sobre o rombo da Americanas
VEJA Mercado: banco público aumenta provisão referente à dívida da varejista após adiamento da publicação de balanço financeiro

O Banco do Brasil decidiu aumentar a provisão relacionada à dívida que a Americanas possui com a instituição. Em outras palavras, o banco antecipa a quantia como calote. O provisionamento era de 788 milhões de reais e, agora, é de 1,3 bilhão de reais — o equivalente a 100% da dívida. O movimento foi identificado nos resultados do terceiro trimestre do BB e os executivos explicam que a decisão se deu em razão do adiamento da publicação das demonstrações financeiras da Americanas. O evento estava previsto inicialmente para o dia 10 de agosto, mas foi postergado para o dia 13 de novembro.
Felipe Prince, vice-presidente de gestão de risco do Banco do Brasil, explicou em teleconferência com analistas de mercado que o possível aporte de 12 bilhões de reais dos acionistas de referência na varejista é o primeiro passo para reestruturação da empresa. “Parte desses 12 bilhões que serão aportados vão para pagamento à vista dos credores, mas alguns passos tem que ser percorridos, sendo o primeiro deles a publicação do balanço. […] Uma vez que o plano seja aprovado na assembleia de credores, aí sim dá-se seguimento à implementação de condições. E se nisso recebermos uma parcela dos recursos à vista, a reversão acaba sendo automática. Ainda há um desafio temporal a ser percorrido”, disse. O BB teve lucro de 8,8 bilhões de reais no terceiro trimestre — alta de 4,5% em um ano.
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