A mais nova ofensiva do MP-SP contra a Amil
Rede de saúde terá que informar quantas investigações correram contra ela na Justiça nos últimos três anos e em quantas ainda responde como ré

Não é fácil a vida da Amil. O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) oficiou a operadora de saúde para que ela diga quantas investigações correram contra ela na Justiça nos últimos três anos e em quantas ainda responde como ré. A suspeita é de descumprimento de ordem judicial e suposta prática abusiva do setor de planos de saúde.
Nos últimos anos, foi expressivo o aumento de medidas liminares no mercado de saúde suplementar. Em 2024, foram mais de 2,7 bilhões de reais em depósitos judiciais decorrentes do não cumprimento de decisões, o que representa uma média de 56,8 reais por beneficiário. Em 2024 isso representou um crescimento de 45% nos últimos 12 meses.
No topo do ranking destas empresas está a Amil, com 394,5 milhões de reais de depósitos judiciais, o que representa 128,8 reais por beneficiário. E entre o terceiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024 o aumento foi de 130,9%.
(OUTRO LADO: Em nota, “a Amil informa que até o presente momento não recebeu a referida notificação em relação a supostos descumprimentos de decisões judiciais por parte de operadoras de planos de saúde” e que “a empresa reitera que são falsas as acusações ou ilações disseminadas nesse sentido e que cumpre integralmente todas as decisões judiciais”. Por fim, “esclarece também que depósitos judiciais não têm relação com descumprimento de decisões judiciais. Trata-se de um direito legal usado para questionar cobranças que a empresa entenda indevidas ou desproporcionais”.)