A ‘jogada ensaiada’ da Libra contra o Flamengo no TJ-RJ
Entidade esperou desembargadora sair de férias para entrar com pedido de urgência

Pegou mal a manobra da Liga de Futebol Brasil (Libra) para tentar tirar a desembargadora Lucia Helena do Passo do processo que opõe o Flamengo e outros times pelos direitos televisivos do Campeonato Brasileiro.
A entidade, que reúne 17 clubes, esperou a desembargadora sair de férias para entrar com um pedido de urgência, alegando que os valores depositados em juízo estão fazendo falta.
O caso agora está com presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Ricardo Couto de Castro, que decidirá se o recurso será decidido nas férias da magistrada e mandado a outro desembargador.
Na quarta-feira, 15, alegando urgência para pagar salários de três de seus clubes, a Libra ajuizou o pedido no gabinete da desembargadora, mas disse ter “dado com a cara na porta”.
O Flamengo pediu liminar para que os pagamentos aos clubes fossem suspensos até que o critério de rateio fosse definido em assembleia. Desde a concessão da liminar, a liga teve três semanas para apresentar seus argumentos. “A Libra esperar a juíza sair de férias para tentar escolher julgador que lhe seja mais conveniente equivale a um time escolher quem vai arbitrar seu jogo”, diz um advogado que acompanha de perto o processo.