A frustração de Ometto com nome nas Minas e Energia
Bruno Eustáquio deve ser nomeado número dois da pasta após passar por Infraestrutura, encerrando disputa entre magnatas
Contrariando a vontade de grandes nomes do empresariado, o novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), deve nomear Bruno Eustáquio como número dois da pasta, para o cargo de secretário-executivo, segundo fontes ouvidas pela coluna. Eustáquio, que ocupou a função de secretário adjunto na mesma pasta durante parte do governo de Jair Bolsonaro, era o número dois do Ministério da Infraestrutura até a mudança de governo.
O nome do servidor tem o apoio de Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, que representa grandes consumidores de energia. Entretanto, a escolha de Eustáquio não foi a defendida por ao menos dois empresários de peso. Tratam-se de Carlos Suarez, do setor de gás e um dos fundadores da antiga OAS, e Rubens Ometto, da Cosan, atuante no ramo de açúcar e álcool. Para ambos, Efrain Cruz, ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) seria a melhor opção. A disputa pelo posto de número dois do Ministério de Minas e Energia, envolvendo o apoio de Suarez a Cruz, foi antecipada pelo Radar Econômico.
Depois da publicação da nota, a Abrace e a Cosan entraram em contato com o Radar Econômico e encaminharam posicionamentos, reproduzidos na integra a seguir: “A Abrace e seu presidente, Paulo Pedrosa, não participam do processo de indicação e escolha dos nomes escolhidos para o MME e nunca foram consultadas ou se manifestaram em nenhum fórum sobre o tema”.
“A Cosan informa que não foi consultada e não participou de qualquer evento em torno da escolha da equipe do Ministério das Minas e Energia. Sobre o nome aventado na coluna, considera Bruno Eustáquio um profissional com perfil técnico e experiência consolidada no setor”.
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