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Murillo de Aragão Por Murillo de Aragão
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O efeito Lula na sucessão de 2022

A decisão do ministro do STF, Edson Fachin, colocando Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial, muda, obviamente, o cenário

Por Murillo Aragão Atualizado em 12 mar 2021, 00h42 - Publicado em 11 mar 2021, 08h56
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  • A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, colocando Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial, muda, obviamente, o cenário.

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    Lula, em que pese a desunião das esquerdas, tem um potencial forte de agregação de forças políticas. Inclusive à direita do seu espectro político. Partidos como PCdoB e PSOL, apesar de terem o governador do Maranhão, Flávio Dino, e Guilherme Boulos, respectivamente, postados como pré-candidatos, tendem a estar com Lula se o ex-presidente concorrer novamente ao Palácio do Planalto. Já o PDT, ao menos por enquanto, manterá o projeto Ciro Gomes 2022. No entanto, com Lula no páreo, Ciro tende a perder força.

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    Hoje não há um candidato que capitalize o sentimento anti-bolsonarista. Lula, mesmo com a rejeição que possui no centro político nacional, tem potencial para ocupar essa posição.

    Outro fator que o fortalece é a sua narrativa de que foi vítima de perseguição política ao ser julgado e condenado por um juízo incompetente.

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    Tal fato é reforçado pelos diálogos que aparecem na “Vaza-Jato”, coleção de frases de procuradores envolvidos na Operação Lava-Jato, e que podem comprovar comportamentos inadequados do Ministério Público.

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    Vale destacar que para o presidente Jair Bolsonaro a volta de Lula ao campo de jogo reforça a sua narrativa anti-petista.

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    Embora a decisão de Fachin anime as bases petistas e deflagre, internamente, o movimento Lula 2022, não pode ser descartada, por exemplo, a possibilidade do ex-presidente não ser candidato.

    Mesmo que isso venha a ocorrer, Lula será um ator estratégico na construção do nome que antagonizará com Bolsonaro. Vale lembrar que nas eleições de 2018, mesmo preso, Lula conseguiu alavancar Fernando Haddad e levá-lo ao segundo turno.

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    De modo geral, o centro político – que busca uma candidatura viável – terá de analisar como se posicionar. Sob pena de ver seu capital eleitoral ser erodido por movimentos de Bolsonaro e de Lula.

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    Além de carecer de um candidato e uma narrativa, o centro está muito fragmentado. Isso sem falar que partidos como PP, PL, PTB e parte do DEM, por exemplo, tendem a estar com Bolsonaro caso o presidente mantenha o potencial eleitoral que desfruta hoje.

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    Porém, é prematuro afirmar que a decisão de Fachin antecipa o início da sucessão presidencial. O tema eleitoral de 2022 virá em ondas até a definição dos pré-candidatos no segundo semestre.

    Até lá, o tema irá dividir as atenções da opinião pública com a pandemia, a questão fiscal, a retomada da economia e as frequentes polêmicas criadas no âmbito do governo.

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