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Mundo Agro

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De alimentos a energia renovável, análises sobre o agronegócio
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Uma lista de oportunidades e ameaças do macroambiente ao agro brasileiro

Fatores externos ao setor podem beneficiar ou prejudicar o desenvolvimento do seu negócio

Por Marcos Fava Neves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 ago 2024, 19h06

O objetivo deste artigo é apresentar uma lista resumo das grandes oportunidades do macroambiente ao agro brasileiro, bem como uma lista de ameaças a serem consideradas.

Entre as oportunidades, destacam-se de forma executiva e resumida:

  • Consumo crescente de alimentos devido ao crescimento populacional, urbanização e melhoria da renda das populações no planeta, notadamente na Ásia e África gerando oportunidades em grãos, carnes e outros;
  • Abertura de novos mercados internacionais;
  • Aumento das políticas de uso de bioenergia nos países, com oportunidades ao etanol, ao biodiesel, ao diesel renovável, combustível renovável para aviação, navios e outros;
  • Maior uso de bioinsumos, agricultura regenerativa, economia circular, bioplásticos e outros;
  • Chances de aumentar exportações de produtos prontos embalados, facilitados pelos “market-places” e formas de comunicação digital;
    Investimentos em irrigação;
  • Investimentos em energia solar e outras formas de energias alternativas visando redução de custos;
  • Investimentos em geração de biogás e biometano com resíduos e outros produtos;
  • Projetos em etanol de milho, diesel renovável a partir de soja e outros;
    Rendas adicionais vindas de sequestro de carbono; créditos e financiamentos “verdes”;
  • Desenvolvimentos na genética visando eficiência, precocidade, resistências e outros benefícios;
  • Maior proximidade com os consumidores via selos de origem, certificações, entre outros;
  • Uso da inteligência artificial, do digital, imagens e novas tecnologias tais como blockchain e outras;
  • Matérias primas e insumos alternativos, uso da nanotecnologia;
    Inovação social e estratégias de inclusão;
  • Uso da automação, robôs, drones e tecnologias “smart” nas etapas das cadeias;
  • Cadeias produtivas onde o Brasil tem pouca inserção internacional e apresentam mercados crescentes, tais como hortifrutis, pulses e outras;
  • Maior industrialização e agregação de valor;
  • Expansão do cooperativismo;
  • Maior integração das instituições, uso do sistema S (Senar, Sebrae…);
    Fortalecer o planejamento estratégico público/privado das cadeias produtivas;
  • Outros

Entre as ameaças, destacam-se de forma executiva e resumida:

  • Crescimento de áreas concorrentes no planeta, tais como avanços no Leste Europeu, na Rússia, África e outras;
  • Regulações ambientais restritivas;
  • Escassez de mão de obra para o trabalho e deterioração das exigências trabalhistas;
  • Aumento de pragas, doenças, e riscos de pandemias animais e humanas;
  • Variações do clima e tragédias climáticas;
  • Decisões do Judiciário contra a produção e geração de renda, tais como retrocessos no Marco Temporal e outras;
  • Comportamento agressivo e carente de informações adequadas contra o setor por artistas, influenciadores e outros, trazendo danos frequentes à imagem;
  • Disponibilidade e custo da água;
  • Crescimento do crime organizado e infiltração no setor;
  • Dependência de fertilizantes, princípios ativos, químicos e outros produtos importados que podem sofrer com guerras, pandemias e outras causas de interrupção/disrupção das cadeias de suprimento global;
  • Distância do Brasil aos principais mercados internacionais consumidores (na Ásia principalmente);Crescimento dos mitos contra o setor, prejudicando a imagem, tais como que o agro é composto apenas por grandes organizações; que pouco contribui com impostos e empregos; que polui, que está associado a fome e que as pessoas não se beneficiam de suas atividades;
  • Riscos de conflitos em grandes mercados compradores do Brasil, tal como Oriente Médio, África; Ásia e outros;
  • Políticas e regulações tributárias que tragam retrocessos;
    Ameaças trazidas pelo grande déficit de armazenagem no Brasil;
    Políticas protecionistas de países;
  • Velocidade de proliferação dos fatos via grupos de WhatsApp e mídias sociais gerando mais distúrbios que o evento em si;
  • Riscos de desemprego com automação em algumas áreas;
  • Grande dependência da China nas vendas internacionais;
  • Diminuição do financiamento público nas atividades do setor;
  • Outras.
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Estas duas listas não são exaustivas, ainda existem muitas oportunidades e ameaças, mas jogam a nossa atenção para o que deve ser estimulado para tornar as oportunidades como reais, e no caso das ameaças, trabalhar em planos para neutralizá-las ou minimizar seus impactos!

 

Marcos Fava Neves é professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP (Ribeirão Preto – SP) da FGV (São Paulo – SP) e fundador da Harven Agribusiness School (Ribeirão Preto – SP). É especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio. Confira textos e outros materiais em harvenschool.com e veja os vídeos no Youtube (Marcos Fava Neves). Agradecimentos a Vinícius Cambaúva.

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