Senado discute socorro para setor do algodão
Senador Carlos Fávaro (PSD/MT) propõe Programa Emergencial de Apoio ao Setor Algodoeiro (Peasa)
Tramita no Senado um projeto de lei que institui o Programa Emergencial de Apoio ao Setor Algodoeiro Brasileiro (Peasa). O objetivo é fortalecer a cadeia produtiva do setor por meio de linhas de crédito para financiar o estoque do algodão em pluma colhido na safra 2019/2020.
“O setor de algodão é muito afetado porque as lojas estão todas fechadas, as pessoas estão atrás de comida e não roupa nesse momento, e isso já é demonstrado na diminuição das exportações brasileiras segundo semestre na ordem de 60% a 40% do algodão já comercializado”, explica o autor do projeto, o senador Carlos Fávaro. Além da queda expressiva nas exportações, há uma nova safra de algodão chegando, acumulando um estoque gigante.
“A pandemia de coronavírus golpeou em cheio o setor algodoeiro nacional, ao derrubar a demanda pela matéria-prima dentro e fora do país. Isso ocorre quando nos preparamos para colher uma nova safra recorde. Com o consumo em queda na ponta da cadeia produtiva, e o efeito dominó sobre as tecelagens e fiações, só resta aos produtores armazenar seus excedentes”, explica o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio.
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Diante disso, a ideia do senador foi propor uma linha de crédito para financiar a rolagem desse estoque por um período, dando tempo da economia mundial voltar a se aquecer, voltar a consumir e aí então comercializar o produto e pagar o financiamento. Conforme a proposta, na concessão de crédito por meio do Peasa só poderá ser exigido como garantia os estoques físicos de algodão em pluma até o limite de 130% do empréstimo contratado.
Para a execução do Peasa, a União deverá transferir R$ 6 bilhões ao BNDES, que atuará como agente financeiro. O financiamento poderá ser concedido a produtores de algodão e cooperativas de produtores destinadas a comercializar o produto dos cooperados. O Brasil é o segundo maior exportador de algodão no mundo. São 25 mil empresas de todos os portes que empregam 1,5 milhão de trabalhadores no setor.
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