Em cenário agudo da crise hídrica, comércio aumenta consumo de energia
Avanço, reflexo da reabertura da economia, tem tendência de desacelerar nos próximos meses, diz setor
Diante de crise hídrica considerada a pior das últimas nove décadas e com a possibilidade de um iminente racionamento que assombra os planos do governo, os setores de serviços e comércio aumentaram significativamente o consumo de energia.
A alta na demanda pelo recurso na primeira quinzena de agosto foi de 28% e 14%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2020. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.
O avanço, diz a associação, é reflexo da flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 e da reabertura da economia.
Ao longo do ano, foi observado um aumento acentuado na demanda por energia elétrica no segundo trimestre, com pico de crescimento entre abril e maio.
As menores taxas a partir de julho, diz a CCEE, confirmam a tendência de consumo menos acelerado prevista para os próximos meses, indicando demanda semelhante ao pré-pandemia.
Considerando o acumulado de janeiro até a primeira quinzena de agosto, os segmentos de serviços e comércio registraram alta de 22,2% e 26%, respectivamente, frente ao mesmo período do ano passado.