Brasileiro está bebendo mais cachaça e produto já é escasso em prateleiras
Aumento do consumo é motivado pela volta do auxílio emergencial e pelo menor poder aquisitivo da população
‘O Brasil me obriga a beber’ deixou de ser um bordão da internet para virar uma realidade entre os brasileiros.
É o que diz pesquisa da Neogrid, que mostra aumento do consumo de cachaça. A alta tem, inclusive, contribuído para maior escassez do produto nas prateleiras.
Para chegar a essa conclusão, a empresa avaliou a chamada ruptura, índice que mede a falta de produtos nos supermercados.
A taxa de ruptura da cachaça chamou atenção no último mês, com alta contínua alta desde fevereiro: passou de 8,43% para 12,24%, em maio.
Entre as razões para a alta, explica a Neogrid, estão o aumento do consumo impactado pela volta do auxílio emergencial e a mudança de padrão de consumo causado pelo menor poder aquisitivo do brasileiro — o destilado é considerado uma opção de bebida alcóolica ‘barata’.
Também em maio, os produtos que ficaram mais escassos nas gôndolas foram: água saborizada (55,32%), bebida à base de soja (24,07%), leite longa vida (17,36%) e ovos (16,98%).
No quadro geral, a ruptura vem oscilando no país.
Após quatro meses em alta (de setembro de 2020 a janeiro deste ano), o índice havia recuado nos meses de fevereiro (11,45%) e março (10,68%), mas tornou a subir em abril, chegando à casa dos 11,03% e agora em maio subiu para 11,14%.