Após aumento da gasolina, caminhoneiros voltam a cobrar Bolsonaro
Em nota, categoria diz ter chegado a um limite e pedem 'medidas efetivas sem promessas vazias'
Após a Petrobras anunciar o quinto reajuste de preços dos combustíveis, os caminheiros — categoria que exerce bastante influência em Jair Bolsonaro — voltaram a cobrar “medidas” de Jair Bolsonaro.
Em nota redigida pela principal associação dos caminheiros, a Abrava, liderada por Wallace Landim, o Chorão, os motoristas dizem que chegaram a um “momento critico” e “não agüentam mais aumentos dos combustíveis sem que o Governo nada faça”.
“Precisamos que o Presidente da República dê a devida atenção a esta questão, com medidas efetivas sem mais promessas vazias e sem nenhum cumprimento. Dessa maneira, chegou o momento de nós liderança dos caminhoneiros do Brasil nos unir para que possamos defender a nossa categoria”, escreveram.
A associação também sugere, como solução para o aumento de preços, que o governo retire os subsídios a “multinacionais das bebidas” para zerar os impostos federais sobre os combustíveis.
“Hoje o Governo Federal tem a solução para subsidiar os aumentos dos combustíveis para a população, basta apenas retirar o incentivo dado ao IPI as empresas fabricantes de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus (ZFM). Simples, aí o Governo não irá ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, e estará de fato tomando medida em prol da população brasileira”, afirma a nota.
A pressão dos caminhoneiros diante dos reajustes dos combustíveis esteve no centro das decisões de Bolsonaro que culminaram com o anúncio da troca no comando da Petrobras, há duas semanas. A mudança, contudo, ainda não foi efetivada.