Todas as empresas do S&P 500 têm mulheres no conselho; do Ibovespa, só 75%
Empresas que compõem principal índice acionário americano alcançaram o feito após mudanças profundas este ano
Os investidores se atentam cada vez mais com a responsabilidade social na hora de direcionar seus recursos na bolsa de valores. Pautas como a diversidade de gênero e raça dentro das companhias e o compromisso com uma economia mais sustentável — por meio da agenda ESG (Environmental, social and corporate governance) —, ganharam importância nos últimos anos. Contudo, do outro lado da mesa ainda existem barreiras a serem quebradas. Enquanto que nos Estados Unidos, 100% das empresas que compõem o índice S&P 500 possuem ao menos uma mulher no conselho de administração, o Radar Econômico constatou que no Brasil, apesar da melhora dos últimos anos, ainda é um sonho distante tal feito.
As companhias do índice norte-americano S&P 500 nomearam 413 novos conselheiros independentes em 2020, e cerca de 60% dessas nomeações foram para mulheres ou minorias, de acordo com um relatório divulgado pela Spencer Stuart, na terça-feira, 15. Com o esforço, todos os conselhos do S&P 500 possuem ao menos uma mulher em seus quadros — um feito.
Por aqui, de todas as 74 companhias listadas no índice Ibovespa, 19 não possuem sequer uma mulher em cargos do conselho administrativo. O número corresponde a 25% do total de empresas.
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