Os pontos do edital do 5G que assustam as operadoras
Não há detalhamento dos investimentos exigidos na rede privativa do governo, nas infovias da Amazônia, nem quais escolas serão contempladas
As operadoras de telefonia interessadas no leilão do 5G estão assustadas com alguns pontos do edital que está sendo avaliado pelo Tribunal de Contas da União. O governo exige que elas coloquem 2,5 bilhões de reais em uma rede privativa do governo e em infovias na Amazonia, mas sem qualquer detalhamento de como serão essas redes, o que vão demandar. E se o dinheiro não for suficiente? O governo vai cobrir ou vai exigir um aditivo? Também não há detalhamento sobre quais escolas públicas deverão ser conectadas, nem em que cidades. Além disso, não há previsão de ressarcimento para as empresas que usam sinal via satélite de internet e que não vão mais poder usar o sistema com a chegada do 5G. E se elas entrarem na Justiça contra os operadores?
Nesta quarta-feira, o ministro Aroldo Cedraz do Tribunal de Contas da União deve apresentar seu voto sobre o edital feito pela Anatel. Os outros ministros já votaram a favor, mesmo com diversas irregularidades apresentadas pelos técnicos, e atropelaram Cedraz.