Guedes, Lira e Pacheco querem jogar parte dos precatórios para 2023
Proposta é de que haja limite para pagamento em 2022 e restante seja renegociado ou despachado para o ano seguinte
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da economia, Paulo Guedes, apresentaram nesta terça-feira, 21, o que parece ser um acordo para resolver a questão dos 89 bilhões de reais dos precatórios para o Orçamento de 2022. Nas palavras de Pacheco, serão honrados quase 40 bilhões de reais (valor auferido por uma conta de atualização dos Orçamentos desde 2016), especialmente os de menor valor e o saldo remanescente será pago “alheio ao limite de teto de gastos”. Uma das alternativas seria negociar o saldo remanescente diretamente com os credores e fazer até mesmo encontro de contas. Por exemplo, pagar imposto atrasado com precatórios. Ou estados podem fazer compensação. Caso as negociações com as partes não evoluam, o valor é jogado para o próximo ano e a bomba vai cair nas mãos do próximo governante eleito.
O discurso dos três é que esse acordo foi feito para viabilizar programas sociais, mas também viabiliza o pagamento de emendas parlamentares em ano de eleição. O projeto agora vai a negociação com líderes das duas casas.