Desemprego dá o tom e ações de varejo caem em dia ruim para a bolsa
VEJA Mercado: no lado das altas, expectativa por reunião da Opep+ fez subir os papéis da Petrobras
VEJA Mercado fechamento, 30 de junho.
Os indicadores econômicos costumam dar o tom à bolsa de valores quando divulgados. Se o reaquecimento da atividade no país e o PIB melhor que o esperado provocaram uma sucessão de recordes de pontos no início do mês, os analistas dizem que a manutenção do desemprego em nível recorde também impacta o ânimo dos investidores, mas negativamente. “O setor de serviços depende do emprego. Se o emprego não sobe, dificilmente os serviços vão subir”, analisa Alexandre Espirito Santo, economista-chefe da Órama Investimentos. Nessa toada, os papéis de B2W, Lojas Americanas e Magazine Luiza fecharam o dia em quedas de 3,80%, 2,88% e 2,40%, respectivamente.
Ao mesmo tempo, o mercado ainda reage à tributação dos dividendos proposta pelo texto da reforma tributária. Os bancos, maiores prejudicados com a mudança, fecharam mais uma vez em baixa. Bradesco e Itaú recuaram 1,53% e 1,02%, respectivamente. No lado das altas, a expectativa pela reunião de amanhã da Opep+ que deve definir os rumos da produção global de petróleo nos próximos meses fez os papéis da Petrobras subirem 2,36% no dia. Além do encontro, o avanço de 0,47% no preço do petróleo tipo Brent no dia impactou positivamente a companhia.
O Ibovespa encerra o último dia de junho em queda de 0,41%, a 126.801 pontos. No mês, o índice avançou 0,44%.