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Salvar o 1,5°C ainda é possível: estudo aponta soluções para cumprir metas climáticas

Levantamento mostra que, embora o mundo deva ultrapassar o limite de 1,5°C nas próximas décadas, ainda é possível reverter o aquecimento

Por Ernesto Neves Atualizado em 7 nov 2025, 07h29 - Publicado em 7 nov 2025, 07h28

Um novo estudo do think tank Climate Analytics e do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impactos Climáticos afirma que o mundo ainda pode limitar o aumento da temperatura global a “bem abaixo de 1,5°C” até o fim do século, desde que haja uma guinada radical nas políticas atuais.

Segundo o relatório Rescuing 1.5°C, a meta será ultrapassada nos próximos anos, mas o aquecimento poderia ser revertido até 2100 com o uso de tecnologias de remoção de carbono e uma redução drástica das emissões.

O documento atualiza os cenários do IPCC e defende o que chama de “máxima ambição possível”: emissões líquidas zero de CO₂ antes de 2050 e neutralidade total de gases de efeito estufa até 2060.

Se cumprido, o plano limitaria o aquecimento global a cerca de 1,7°C, mantendo viva a meta do Acordo de Paris de ficar “bem abaixo de 2°C”. O caminho exigiria eliminar rapidamente os combustíveis fósseis, cortar emissões de metano e expandir tecnologias de captura de carbono.

O relatório calcula que, até 2050, a eletricidade responderia por dois terços da demanda global de energia, enquanto o hidrogênio, os biocombustíveis e os combustíveis sintéticos substituiriam o petróleo e o gás até 2070.

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As emissões de metano teriam de cair 30% até 2035, e a remoção de carbono precisaria atingir mais de 5 bilhões de toneladas de CO₂ por ano.

O estudo chega em meio a novo alerta do Programa da ONU para o Meio Ambiente, que projeta aquecimento de 2,3°C a 2,5°C até 2100 com as políticas atuais, uma leve melhora em relação ao ano passado, mas ainda insuficiente.

Com o início da cúpula climática de Belém, que prepara o terreno para a COP30, líderes globais são pressionados a adotar planos mais ambiciosos e garantir financiamento.

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Em artigo publicado no Guardian, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os países mostrem “seriedade no compromisso com o planeta”. Para ele, a COP30, no coração da Amazônia, deve ser um encontro de “contato com a realidade”, e não uma vitrine de boas intenções.

O governo brasileiro tenta viabilizar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), mecanismo financeiro de US$ 125 bilhões para proteção de florestas . O Reino Unido recusou-se a participar na fase inicial, o que gerou tensão diplomática.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, deve usar sua participação para defender que o Reino Unido lidera a descarbonização entre os países do G20, com meta de reduzir 81% das emissões até 2035.

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Outro relatório, da Christian Aid e do Instituto Internacional para Análise de Sistemas Aplicados, mostra que o Brasil pode perder até um terço de seu crescimento projetado até o fim do século devido aos impactos climáticos. Desde os anos 1990, o país registrou aumento de 460% nos desastres ligados ao clima.

A estimativa é de que, com aumento de 2,9°C, o PIB brasileiro cresça 33% menos até 2100. Num cenário de 3,5°C, a perda pode chegar a 36,6%.

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