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Campus Party deixa de ser território exclusivo de nerds e atrai vovós e bebês

Feira de tecnologia reúne mais de 8.000 participantes e termina neste fim de semana

Por Bianca Bibiano
6 fev 2015, 18h55

Nesta semana, 8.000 pessoas deixaram o conforto de suas casas para acampar no centro de exposições São Paulo Expo, na rodovia Imigrantes, em São Paulo. Dormindo em barracas e colchões de ar, esses aventureiros tinham como objetivo aproveitar a extensa programação da Campus Party, que começou na terça-feira e termina neste fim de semana.

Apesar de parecer insólito para muitos, o formato da Campus Party passou a atrair pessoas para além do seu cativo público de aficionados por tecnologia. Na oitava edição, a lógica do evento ainda é a mesma da programação original: 120 horas ininterruptas de palestras e debates sobre tecnologia e internet de altíssima velocidade. Só que o perfil do público mudou significativamente ao longo dos anos, de acordo com Tassia Skolaude, porta-voz da Campus Party.

“O adolescente viciado em computador deu espaço para pessoas interessadas em empreendedorismo e em busca de parcerias para suas start ups”, explica. Há, segundo Tassia, três perfis de visitantes na feira: desenvolvedores, gamers e empreendedores, sendo que este último é o público que mais cresceu em número de participantes.

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A aposentada Iolanda Ferreira, de 64 anos de idade, encarou o desafio. Acompanhando o filho, a nora e o neto de 8 anos de idade, a senhora orgulha-se de contar a idade diante do público jovem – 70% dos participantes têm entre 18 e 28 anos de idade. “Meu filho trabalha com casemod [personalização de computadores] e eu fico aqui para ajudá-lo a divulgar o trabalho e também para cuidar do meu neto”.

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Iolanda é vizinha de barraca de Karina Neto e seu marido, José Sales Neto, que levaram a filha Estela, de dois anos de idade, para encarar o desafio da Campus Party. “Ela fica encantada com as luzes e computadores. Quer pegar tudo”, conta a mãe. Os atrativos para a pequena realmente são grandes: enquanto seus pais falavam com a reportagem de VEJA.com, Estela encantou-se com o patinete motorizado e não sossegou enquanto não conseguiu um passeio no ‘brinquedo’ da equipe de produção da feira.

Durante a maratona tecnológica, os ‘campuseiros’ comem, dormem e tomam banho no espaço de 64.000 metros quadrados do centro de exposições. “Dormir, na verdade, ninguém dorme. Tiramos cochilos no sofá, na mesa do computador e, às vezes, na barraca”, conta Aline Borges, 22 anos. A jovem desenvolve aplicativos e, quando conversou com a reportagem, completava seis horas de programação ininterruptas. Teria ainda mais 18 horas insones pela frente na tentativa de vencer a maratona hackton da montadora Ford, que daria um carro a pessoa que conseguisse desenvolver o melhor aplicativo em 24 horas. Pararia apenas para comer, ir ao banheiro e receber massagens de profissionais deslocados para o evento apenas para atender os participantes. “O campuseiro é notívago, mas aqui, especialmente, dormir e comer bem são luxos que não existem”, diz Aline.

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