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Turismo contorna a crise e deve crescer 4% em 2012, diz OMT

Setor avançou 5% no primeiro semestre do ano, em relação a 2011

Por Da Redação
26 set 2012, 19h38

Contra todas as expectativas, o setor de turismo conseguiu se adaptar à crise econômica, explica, em uma entrevista, Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo (OMT), que prevê um crescimento mundial do setor de cerca de 4% em 2012.

O turismo foi duramente atingido pela crise em 2008 – com uma desaceleração de 2,1% – antes de viver em 2009 seu pior ano em 60 anos, segundo à OMT, com uma queda de 3,8% na chegada de turistas. Contudo, enquanto a crise parece não chegar ao fim, o turismo cresceu 6,6% em 2010 e 5% em 2011. “A única boa notícia procedente da economia vem do turismo, que é um setor muito flexível, que se adapta bem às circunstâncias”, comemora Taleb Rifai, dirigente do organismo ligado à ONU com sede em Madri.

“Apesar da crise, o turismo faz parte do estilo de vida, não podemos renunciar a ele”, afirma. “As dificuldades econômicas mudarão as formas de viajar, as pessoas procurarão as ofertas, mas continuarão viajando”, acrescenta.

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Na véspera do Dia Mundial de Turismo, nesta quinta-feira, a OMT demonstra otimismo em relação a 2012. No primeiro semestre o setor registrou um crescimento de 5%. No conjunto do ano “esperamos um crescimento de entre 3% e 4%, eu diria mais próximo a 4%”, projeta Rifai. “Isso quer dizer que alcançaremos em novembro ou dezembro a cifra histórica de bilhões de turistas internacionais”, diz.

Entre janeiro e junho, o crescimento foi mais forte na região Ásia-Pacífico, com um aumento de 8% da chegada de turistas. O Japão se recuperou depois de sofrer uma forte queda em 2011 como consequência do terremoto, tsunami e do acidente nuclear de Fukushima.

A Europa, a região mais visitada do mundo, registrou um aumento de 4% no número de turistas, uma cifra similar a das Américas, com 5%.

A África (7%) também viveu um bom primeiro semestre, especialmente no norte do continente (11%), depois de ter sofrido as consequências das revoltas populares da chamada Primavera Árabe. “Há uma verdadeira reativação no Egito e na Tunísia”, destaca a OMT.

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“O turismo é provavelmente um dos únicos setores que podem estimular a economia mundial, em particular no que se refere a empregos: dadas as elevadas porcentagens de desemprego que registramos atualmente, não podemos subestimar os que são gerados pelo turismo”, defende Rifai. Com 235 milhões de postos de trabalho, o setor é responsável por 5% do PIB mundial.

Isso leva à OMT a se preocupar com os obstáculos que podem ameaçar o crescimento desta indústria. “Nosso pedido, nossa mensagem, é que os dirigentes de todo o mundo utilizem todo o potencial do turismo, porque, no momento, não é o caso”, disse Rifai. “As taxas sobre as viagens se transformaram em um verdadeiro problema para nós”, explica. “Estamos preocupados com a indústria aérea, porque a maior parte de taxas, no turismo, está relacionada ao transporte, principalmente ao avião, meio escolhido para mais de 50% dos trajetos”, afirmou.

“Isso é realmente alarmante”, insiste. “Estamos preocupados com a capacidade de as pessoas viajarem de avião e pela competitividade do setor, que ficará severamente afetada por estas taxas, além da possibilidade de uma forte alta do preço do petróleo”, concluiu.

(Com agência France-Presse)

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