Santander Brasil lucra 518 milhões de reais no trimestre

Resultado mantém o Brasil como a filial mais lucrativa do banco espanhol

Por Da Redação
29 abr 2014, 08h11

Banco Santander na avenida Paulista em São Paulo (Eladio Machado/VEJA)

O Santander Brasil anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 518,4 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 14,9% ante igual período do ano passado.

Excluindo eventos extraordinários, o lucro do maior banco estrangeiro no Brasil foi de 1,427 bilhão de reais. A previsão de cinco analistas consultados pela Reuters era de lucro de 1,4 bilhão de reais. Mesmo assim, o resultado mantém o Brasil como a filial mais lucrativa do Santander, com 20% do resultado total, empatado com a unidade britânica.

Além disso, o lucro operacional líquido, após provisões da filial brasileira, aumentou 14,9% em relação ao quarto trimestre do ano passado. Segundo o balanço divulgado nesta manhã, o resultado da filial brasileira piorou em relação ao primeiro trimestre de 2013. De janeiro a março, o lucro gerado no país diminuiu 10,4% na comparação com mesmo período do ano anterior.

Participação – A instituição financeira ainda sinalizou que pretende comprar 25% das ações da unidade brasileira que ainda não pertençam ao grupo espanhol. Para isso, será feita uma oferta de ações por um valor de 4,686 bilhões de euros (14,5 bilhões de reais). A compra, que está prevista para ser fechada em outubro deste ano, oferece um ágio de 20% sobre a última cotação dos títulos de sua filial.

A expectativa é que o Santander Brasil atinja em 2015 um lucro líquido de 6,4 milhões de reais, dos quais, com a participação atual, o grupo ficaria com cerca de 4,5 bilhões.

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O grupo Santander registrou avanço de 8,1% em seu lucro líquido, para 1,303 bilhão de euros (4,01 bilhões de reais) no primeiro trimestre de 2014, em comparação ao 1,205 bilhão de euros (3,71 bilhões de reais) verificados no mesmo período de 2013. Este foi o lucro líquido mais expressivo dos últimos oito trimestres. Em relação ao quarto trimestre de 2013, quando o lucro líquido atribuído ao grupo havia sido de 1,060 bilhão de euros (3,26 bilhões de reais), o aumento foi de 22,9%.

A taxa de inadimplência, referente aos credores de empréstimos com atraso de mais de 90 dias, caiu para 5,52% no primeiro trimestre deste ano, frente a taxa de 5,64% entre outubro e dezembro do ano passado. Nos últimos dias, outros bancos espanhóis, como o Caixabank, o Sabadell e o Bankia, também relataram menor nível de inadimplência no primeiro trimestre de 2014 em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

(Com agências Reuters, EFE e Estadão Conteúdo)