Petrobras capta cifra recorde de US$ 11 bilhões em bônus

Emissão - a maior de uma companhia latino-americana na história - busca tornar viável o ambicioso plano de investimento da estatal: US$ 236,5 bilhões até 2017

Por Da Redação
14 Maio 2013, 02h35

Refinaria da Petrobras no complexo do Porto de Suape, em Ipojuca, Pernambuco (Marcelo Sayão/EFE/VEJA)

A Petrobras captou nesta segunda-feira a cifra recorde de 11 bilhões de dólares em bônus no mercado internacional, na maior emissão feita por uma companhia latino-americana na história. Com a megaoperação, a estatal visa levantar recursos para tornar viável o ambicioso plano de investimento em exploração e produção de petróleo, que contempla um desembolso de 236,5 bilhões de dólares até 2017.

A Petrobras ofereceu aos investidores seis diferentes tipos de bônus em dólar, com vencimentos que variam entre três e trinta anos. Segundo fontes, a demanda pelos títulos da estatal chegou a 45 bilhões de dólares.

No início do ano, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, adiantou que a meta era levantar cerca de 20 bilhões de dólares em emissões de dívida e empréstimos bancários ao longo de 2013. A emissão desta segunda se soma aos US$ 7 bilhões captados pela estatal este ano fora do mercado de capitais.

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Antes da oferta da Petrobras, a maior captação de uma empresa latino-americana havia sido a da estatal venezuelana de petróleo PDVSA, com a emissão de 7,5 bilhões de dólares em 2007. Neste ano, os valores da companhia brasileira só são superadores pelos 17 bilhões de dólares emitidos pela americana Apple em abril.

Bom momento – Para o sócio da Órama Investimentos, Alvaro Bandeira, o sucesso da captação da Petrobras abre caminho para novas emissões por empresas brasileiras. “Acho que o momento é bom. O que temos visto é que o Brasil captou com uma taxa ótima na semana passada e a agora a Petrobras também”, afirmou. Segundo Bandeira, existe uma janela de liquidez atualmente no mercado de capitais e, por isso, o momento é interessante para que outras empresas também promovam captações para tornar viáveis os planos de investimento.

(Com Estadão Conteúdo)