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Petrobras ‘adia’ US$ 4,5 bi em importações

Estatal está terminando sua contabilização das importações de 2012 só agora. Se valor tivesse sido computado no ano passado, o superávit do país teria sido 23% menor que o oficial

Por Da Redação
25 abr 2013, 13h28

A Petrobras praticamente terminou de registrar suas importações em atraso e a conta chegou a 4,5 bilhões de dólares. Esse valor corresponde ao que a estatal deixou de contabilizar em 2012 e que só agora apareceu na balança comercial. Se o valor tivesse sido computado no ano passado, o superávit do país teria sido 23% menor que o oficial.

O estrago na balança provocado pelo descompasso é significativo este ano. De janeiro até 19 de abril, o Brasil importou, no papel, impressionantes 15,06 bilhões de dólares em petróleo e derivados. Na realidade, as compras externas do produto foram de 10,56 bilhões de dólares, um volume ainda assim significativo.

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Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), que repassou dados fornecidos pela Petrobras, a estatal foi registrando as importações a conta gotas: 1,6 bilhão de dólares em janeiro, 860 milhões de dólares em fevereiro e 182 milhões de dólares em março. A expectativa é de que o 1,9 bilhão de dólares restante apareça em abril, mas o ministério espera fechar o mês para confirmar. As indicações são de que isso já ocorreu por causa do volume de importações neste mês. Só na terceira semana de abril, o Brasil importou 3 bilhões de dólares em combustíveis. O valor chegou a 3,75 bilhões de dólares até o dia 19.

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A confusão começou em julho de 2012, quando a Receita deu 50 dias de prazo para a Petrobras registrar importações. A partir daí, o balanço da estatal mostrava alta nas importações de combustíveis, impulsionadas pelas vendas de carros com incentivos fiscais, enquanto a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) apontava queda.

A estatal chegou a estourar o novo prazo porque, se os registros feitos este mês se referem a embarques de dezembro de 2012, a diferença é de mais de 120 dias. Os registros atrasados da Petrobras estão agravando o rombo provocado pelos combustíveis na balança comercial. Para Fábio Silveira, da GO Associados, o déficit da conta petróleo pode chegar a 12 bilhões de dólares este ano.

(com Estadão Conteúdo)

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