SÃO PAULO, 8 de novembro (Reuters) – A terça-feira começa no Brasil sem uma tendência muito clara das praças financeiras internacionais, onde as atenções seguem voltadas para a Europa, divididas entre Itália e Grécia.
Sob forte pressão para renunciar, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, enfrenta uma votação crucial sobre as finanças públicas no Parlamento, prevista para começar por volta das 12h30. Em Atenas, nova reunião de gabinete foi agendada para esta manhã, uma vez que líderes parlamentares não chegaram a um acordo na véspera sobre quem irá liderar o novo
A ausência de divulgações econômicas nos Estados Unidos reforça o foco na zona do euro, onde os yields dos títulos da dívida italiana seguiam em alta nesta sessão, aproximando-se dos 7% que levaram Irlanda e Portugal a buscar ajuda financeira. Mas notícias corporativas, como o resultado da Vodafone, ajudavam os mercados acionários no velho continente.
Às 7h25, o euro tinha oscilação positiva de 0,06 por cento, a 1,3785 dólar, enquanto o índice acionário europeu FTSEurofirst 300 subia 1,41 por cento. O futuro do norte-americano S&P 500 avançava 0,38 por cento — 4,80 pontos. O MSCI para ações globais verificava acréscimo de 0,27 por cento e para emergentes, variação negativa de 0,02 por cento.
O MSCI da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,13 por cento. Em Tóquio, o Nikkei encerrou em baixa de 1,27 por cento. O índice da bolsa de Xangai cedeu 0,24 por cento.
Entre as commodities, o petróleo do tipo Brent apreciava-se 1,18 por cento, a 115,91 dólares, em Londres, enquanto o barril transacionado nas operações eletrônicas em Nova York ganhava 0,99 por cento, a 96,47 dólares. Na City londrina, o cobre < CMCU3>verificava acréscimo de 0,83 por cento.
Nesse contexto, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, registrava variação negativa de 0,05 por cento. Ante a moeda japonesa , o dólar recuava 0,04 por cento, a 78,97 ienes.
No Brasil, a agenda balanços coloca o noticiário corporativo em primeiro plano, com Usiminas, ALL, Itaúsa e BM&FBovespa na pauta do dia entre as companhias que fazem parte do Ibovespa, além dos resultados de Amil, Ecorodovias, Eztec, Log-In, Randon, Santos Brasil e Tegma. Do lado macroeconômico, a inflação merece monitoramento com parcial do IPC-s e o IGP-DI, além de dados de capacidade instalada da indústria.
Veja a agenda com os principais indicadores desta terça-feira
Veja como fecharam os principais mercados na segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,7479 real, em alta de 0,34por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPAO Ibovespa subiu 0,9 por cento, para 59.198 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 4,95 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROSO índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,95 por cento, a 31.398 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
No call das 16h, o DI janeiro de 2013 apontava 10,160 por cento ao ano, ante 10,230 por cento no ajuste anterior.
EURO
a moeda comum europeia foi cotada a 1,3775 dólar, ante 1,3794 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, subia a 132,563 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 1,989 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil descia 3 pontos, para 216 pontos-básicos. O EMBI+ tinha queda de 1 ponto, a 350 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones teve alta de 0,71 por cento, a 12.068 pontos; o S&P 500 registrou variação positiva de 0,63 por cento, a 1.261 pontos, e o Nasdaq teve oscilação positiva de 0,34 por cento, a 2.695 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo fechou em alta de 1,26 dólar, ou 1,34 por cento, a 95,52 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,0151 por cento ante 2,038 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Paula Arend Laier)