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Oposição reage a movimentos do governo sobre a Vale

Parlamentares querem saber se o ministro Guido Mantega está, de fato, pressionando pela retirada de Roger Agnelli da presidência da mineradora

Por Da Redação
23 mar 2011, 21h06

A oposição reagiu nesta quarta-feira na Câmara e no Senado contra uma possível movimentação do governo federal para substituir o presidente da Vale, Roger Agnelli. O jornal O Estado de São Paulo publicou na terça-feira que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria se reunido com a cúpula do Bradesco, grande acionista da mineradora, para pedir a saída de Agnelli. O Ministério da Fazenda disse que não comentaria o assunto.

Nesta quarta, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE) conseguiu a aprovação de um requerimento de convite para que Mantega vá à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para prestar explicações sobre a possível intromissão do governo na administração da empresa. No Senado, o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) anunciou no plenário que seu partido vai apresentar requerimento semelhante na Comissão de Assuntos Econômicos da Casa.

De passagem pelo Senado para discutir a reforma política, o candidato derrotado à Presidência da República José Serra estimulou a articulação dos partidos de oposição e disse que “não há dúvidas” de que essa é uma estratégia correta contra a manobra do governo. “O problema não é a troca de comando. O importante é que é uma mudança motivada por uma iniciativa política”, argumentou Serra.

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), classificou a possível ingerência do governo como “um processo de usurpação da autonomia privada.”

“Capricho intervencionista” – Para o deputado Mendonça Filho, Mantega estaria agindo por um “capricho intervencionista”, já que a companhia tem tido bons resultados. A Vale registrou em 2010 lucro recorde de 30 bilhões de reais e sua gestão é elogiada por especialistas.

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A pressão sobre Mantega não vem apenas da oposição. O deputado José Otávio Germano (PP-RS) também apresentou nesta quarta pedido no mesmo sentido na Comissão de Minas e Energia. Se este outro pedido também for aprovado, é provável que as duas comissões da Câmara tentem marcar uma audiência conjunta com o ministro.

O governo federal, que privatizou a companhia em 1997, ainda tem grande peso na empresa por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do fundo de pensão Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. A Previ é a maior acionista individual da empresa.

(com Reuters)

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