Mantega nega corte de 40 bi e diz que valor só será definido em fevereiro
Critérios para redução de gastos da máquina pública serão definidos na primeira reunião ministerial nesta sexta
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou nesta sexta-feira a previsão de corte nos gastos públicos no valor de 40 bilhões de reais, estimado por economistas. Segundo o ministro, o valor da redução só deve ser definido em fevereiro, depois que cada ministério definir propostas de cortes nos gastos de custeio.
“Não há nenhum número para o corte do orçamento: nem 20, nem 30, nem 40, nem 50 bilhões de reais”, declarou o ministro. De acordo com Mantega, a primeira reunião ministerial, marcada para a tarde desta sexta-feira, estabelecerá os critérios para que os órgãos do governo gastem menos: “Nós temos que revisar todos os gastos de custeio: desde viagens e diárias, até contratação de empresas de serviços e aluguel de prédios. Também não devemos comprar equipamentos novos, mas trabalhar com o que temos”.
O governo pretende manter, no entanto, os recursos destinados aos programas sociais e às áreas de educação e saúde. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também será preservado.
O contingenciamento é prioridade da presidente Dilma Rousseff neste início de governo e será o tema central da reunião com os 37 ministros. No encontro, o ministro Mantega fará uma exposição sobre a conjuntura econômica no Brasil e no mundo e mostrará as principais preocupações do governo, como inflação e desvalorização do dólar.