A MMX Sudeste Mineração teve seu pedido de recuperação judicial deferido nesta quarta-feira, pelo juiz Ronaldo Claret de Moraes, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. A solicitação foi entregue na semana passada. Na decisão, o juiz afirma que os documentos apresentados pela companhia denotam “à primeira vista ser passageiro o estado de crise econômico-financeira pelo qual atravessa e também retrata a perspectiva de que ela possa se reerguer”.

O juiz nomeou o advogado Bernardo Bicalho de Alvarenga Mendes como administrador judicial. Também determinou a suspensão por 180 dias, a partir de ontem, de todas as ações de execuções contra a MMX Sudeste Mineração, sob a qual fica a unidade de Serra Azul (MG), onde estão as minas Tico-Tico e Ipê. A partir de agora, a companhia tem prazo de 60 dias para apresentação do plano de recuperação judicial. Caso isso não aconteça, pode ser determinada a falência da empresa.

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De acordo com a sentença, um dos motivos para a crise da companhia foi um “recuo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) de conceder financiamento de longo prazo para projeto de expansão”. Entre outras razões de sua dificuldade para saldar compromissos de curto prazo, também foram apontadas a demora na obtenção de licença ambiental para projetos de expansão, redução vertiginosa dos preços do minério de ferro, e recentes restrições parciais impostas por órgãos ambiental estadual para exploração da mina.

Com dívidas em torno de 440 milhões de reais, a MMX Sudeste está com a mina Tico-Tico embargada desde 28 de fevereiro. Após a petroleira OGX e o estaleiro OSX, a empresa é a terceira do antigo império X a pedir recuperação judicial.

(Com Estadão Conteúdo)