IPCA acelera e sobe 0,43% em julho
Segundo IBGE, alimentos e bebidas foram os que mais impactaram a alta e representaram quase metade do índice
A inflação está acelerando no Brasil, conforme mostra dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou expansão de 0,43% no mês de julho, contra um avanço de 0,08% em junho.
O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam uma taxa entre 0,30% e 0,53%. Mas, o IPCA ficou acima da mediana projetada, de 0,38%. Com o resultado do mês passado, o IPCA acumula altas de 2,76% no ano e de 5,20% nos últimos 12 meses.
O índice está invertendo o movimento decrescente que vinha sendo observado desde setembro de 2011, quando o índice passou de 7,31% para 6,97% em outubro, levando em consideração o acumulado de 12 meses.
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O IPCA-15, considerado prévia do índice cheio, já havia apontado a tendência de alta ao subir para 0,33% na primeira metade de julho. No mesmo período de junho, o IPCA-15 ficara em 0,18% e 0,10% em julho de 2011.
O centro da meta estabelecida pelo governo para este ano é de 4,5%.
Grupos – As despesas pessoais e com alimentos e bebidas, ambos com 0,91% de variação, foram as que mais subiram em julho, sendo que os alimentos, pela importância que têm no orçamento das famílias, foram responsáveis por 49% do índice do mês (0,21 ponto percentual).O preços das carnes, por exemplo, teve variação de -1,13% e impacto de -0,03 ponto percentual constituiu-se no principal impacto para baixo.
Até mesmo os índices que marcavam deflação em junho estão marcando preços maiores. O item transportes passou de -1,18% em junho para -0,03% em julho, enquanto artigos de residência passou de -0,03% para -0,01% na mesma base de comparação. Já comunicação passou de -0,01% para 0,15%, invertendo o sinal.
Por outro lado, somente Vestuário e Saúde e cuidados pessoais desaceleraram, marcando 0,04% e 0,36%, respectivamente. Em junho, esses itens estavam em 0,39% e 0,38%.
(Com Agência Estado)
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