Indústria lista 21 prioridades para 2011 no Congresso
Em lançamento de agenda legislativa, representante do setor industrial aponta carga tributária, juros elevados e custos trabalhistas como entraves
A falta de competitividade da economia brasileira foi a principal queixa feita pelos dirigentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na divulgação da agenda legislativa do setor para 2011. As principais reclamações dizem respeito à alta carga tributária, aos custos trabalhistas e aos juros elevados.
Como ocorre anualmente, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, entregou nesta terça-feira em Brasília a lista de projetos considerados prioritários para a indústria aos presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
O documento lista 21 projetos que já tramitam no Congresso Nacional e que são considerados relevantes para o avanço da indústria o país. Dentre eles, onze estão ligados à redução de custos, oito tratam da segurança jurídica, um simplifica as exigências para participação em licitações e outro trata do controle de normas sobre produtos importados.
O presidente da CNI afirmou que o Brasil não dá a atenção devida ao problema: “O Brasil está sendo complacente com seus problemas de competitividade”. Ele citou um estudo recentemente concluído pela confederação, em que o Brasil aparece em uma situação desfavorável em relação a economias de porte semelhante, como Índia e México, para reforçar a queixa.
Braga também defendeu a realização das reformas tributária e da previdência como forma de simplificar o funcionamento do setor produtivo no país.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou que o Congresso foi incapaz de levar adiante temas caros ao avanço da indústria, mas garantiu que, agora, será diferente. “Vamos trabalhar para fazer o bom debate, capaz de construir consensos”, disse, em discurso no evento. O presidente do Senado, José Sarney, e outras dezenas de parlamentares também compareceram ao encontro.