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GM anuncia que vai comprar 7% da Peugeot Citroën

Aliança permitirá às empresas compartilharem plataformas e realizarem compras conjuntas; parceria é global, mas foco é, sobretudo, a Europa

Por Da Redação
29 fev 2012, 14h13

A unidade europeia da General Motors, a Opel, e a francesa PSA Peugeot Citroën anunciaram, nesta quarta-feira, a formação de uma parceria estratégica, que permitirá o compartilhamento de plataformas de veículos e a realização de compras conjuntas. Apesar de a aliança ser global, o foco do negócio é, sobretudo, melhorar o desempenho das montadoras no mercado europeu.

Para realizar a parceria, as montadoras afirmaram que a PSA vai levantar cerca de 1 bilhão de euros em um aumento de capital – oferta de novas ações. Após essa operação, a GM vai adquirir participação de 7% no grupo francês. As companhias pretendem ainda explorar áreas para novas cooperações, como a de logística. General Motors e PSA esperam que, dentro de cerca de cinco anos, a aliança proporcione uma economia de 2 bilhões de dólares por ano graças à eliminação de duplicidades e ao ganho de escala de parte das operações.

Reestruturação – Ao comprar parte da Peugeot, a GM tornará a montadora francesa sua parceira preferencial na Europa para partilhar custos de engenharia e desenvolvimento. A parceria também deve abrir caminho para que o grupo francês venda ativos, numa estratégia para reduzir seu elevado endividamento. A Peugeot ganhará, por fim, acesso a mercados internacionais – conquista que a empresa há muito tempo procura – num momento em que as vendas de automóveis na Europa estão em baixa.

A empresa francesa perdeu 1,65 bilhão de euros em 2011 à medida que a desaceleração da demanda por novos carros e a concorrência acirrada afetou seu desempenho. Com isso, a empresa fechou o ano passado com lucro líquido de ‘apenas’ 588 milhões de euros, 48% inferior ao de 2010. A dívida líquida do setor automotivo da companhia é de 3,4 bilhões de euros.

As operações da GM na Europa também não vão bem, com perdas de 747 milhões de dólares em 2011. A Opel – que a GM decidiu manter em 2009 quando o então presidente-executivo, Ed Whitacre, abandonou os planos de venda – é uma das principais preocupações dos investidores do conglomerado americano.

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Recentemente, o vice-presidente do conselho da GM, Steve Girsky, assumiu o controle da reestruturação da Opel. Neste mês, a GM afirmou que detalharia em breve as próximas medidas a serem tomadas.

Analistas disseram que uma aliança com a Peugeot permitirá às empresas juntar recursos para desenvolver novos veículos. Mas acrescentaram que é possível que uma década se passe antes que os benefícios do pacto se realizem completamente. Mais medidas, portanto, seriam necessárias para superar o problema central de ambas as montadoras na Europa: excesso de capacidade.

(com Reuters)

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