Brasil e Argentina querem acordo automotivo mais rígido
As presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner exigirão maior conteúdo regional das montadoras da região; objetivo é consolidar polo exportador
Os governos do Brasil e da Argentina exigirão maior conteúdo regional das montadoras instaladas nos dois países na revisão do acordo bilateral automotivo, informa a Agência Brasil. A decisão foi tomada nesta sexta-feira em Buenos Aires, em reunião com o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e a ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi. A medida atende uma determinação das presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, tomada em reunião realizada em Caracas, na Venezuela, nesta semana.
A ideia das presidentes é que a região consiga se consolidar como um importante polo produtor e exportador de autopeças. Ambas mostram preocupação em impedir que a indústria automobilística regional transforme-se, ao longo do tempo, em mera montadora de veículos. As medidas mais rígidas para conteúdo regional não têm ainda prazo para entrar em vigor.
O acordo automotivo atual vigora até 2013 e exige que os veículos fabricados em território brasileiro ou argentino tenham 65% de conteúdo regional. No Brasil, particularmente, o cálculo inclui salários, além de despesas em propaganda e marketing.