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Bovespa fecha 2013 com queda de 15,5%

É o pior desempenho do ano entre os principais índices globais, segundo dados da Reuters

Por Da Redação
30 dez 2013, 16h42

O principal índice da BM&FBovespa, o Ibovespa, encerrou o ano com queda acumulada de 15,5%, ante alta de 7,4% em 2012. É o pior desempenho de 2013 entre os principais índices globais, segundo dados da Reuters. O índice norte-americano Dow Jones caminha para ganho anual de cerca de 26%, e o europeu FTSE 300, para valorização de cerca de 16%.

Ao longo de 2013, a Bovespa apresentou fortes oscilações, provocadas pela volatilidade do mercado internacional diante da expectativa de que o Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) reduzisse os estímulos à economia americana. Também influenciaram negativamente o Ibovespa as perdas de companhias de peso, como a OGX, a petroleira de Eike Batista, que entrou com pedido de recuperação judicial no final de outubro e mudou de nome para Óleo e Gás; e a Petrobras, pressionada pela defasagem do preço da gasolina.

No último pregão do ano, porém, o Ibovespa teve variação positiva de 0,72%, segundo dados preliminares, chegando a 51.633 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 3,2 bilhões de reais. A alta foi puxada pelo avanço das ações preferenciais da Vale em um dia de baixo volume de negociações. Em dezembro, o índice acumulou perda de 1,86%.

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Cenário – Enquanto mercados desenvolvidos como a Europa e os Estados Unidos se beneficiaram de sinais de recuperação econômica, a deterioração do cenário fiscal brasileiro, o crescimento econômico baixo e a pressão inflacionária mantiveram investidores distantes do mercado doméstico de ações.

“Foi outro ano perdido”, disse Débora Morsch, sócia da Zenith Asset Management. “O governo mostrou que está mais interessado em políticas econômicas de curto prazo do que em reformas. Há outros mercados com menores riscos institucionais e regulatórios”, acrescentou.

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Empresas – De acordo com a consultoria Economatica, em 2013 o valor total de mercado das empresas brasileiras teve recuo de cerca de 216 bilhões de dólares, perda acentuada pela alta do dólar ante o real. Além disso, o valor de mercado das companhias fechou o ano abaixo de 1 trilhão de dólares, nível que se mantinha constante desde 2009.

Em tal cenário, as perspectivas para o próximo ano são pouco otimistas. Segundo pesquisa feita pela Reuters, especialistas preveem que o Ibovespa vai avançar para 55 mil pontos até meados de 2014 e atingir 59 mil pontos no fim do ano que vem. Tal desempenho não seria suficiente para levar o índice ao nível de fechamento de 2012, acima de 60.000 pontos.

2014 – Analistas acreditam que não haverá grandes mudanças em termos de política econômica antes da eleição presidencial de outubro e que permanece o risco de rebaixamento da nota de crédito no Brasil. Além disso, o banco central norte-americano dará início em janeiro à redução de seu programa de compra de ativos, que tem sido favorável aos preços de ações, e pode começar a elevar os juros em 2015.

“Esses fatores acabam segurando (a Bovespa). Não tem muito espaço para cair, já recuamos muito em relação a outros emergentes, e a bolsa não está cara (…) então deve ficar meio de lado e ter uma pequena recuperação (em 2014)”, afirmou o sócio da Cultinvest Asset Management, Walter Mendes.

Investidores devem passar o próximo ano garimpando bons ativos, com o foco em empresas que consigam se beneficiar da perspectiva de alta do dólar ante o real, como o setor siderúrgico e as exportadoras de commodities.

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Metodologia – O ano de 2014 também deve ser marcado pela primeira mudança na metodologia do Ibovespa em 45 anos. A nova composição passará a levar em conta o valor de mercado das empresas, diferente do modelo atual, que dá mais peso à liquidez dos papéis. A mudança será feita em duas etapas. A primeira ocorrerá em janeiro, numa combinação da metodologia vigente com a nova, que será integralmente adotada em maio.

Câmbio – Também nesta segunda, o dólar interrompeu série de quatro sessões em queda e fechou em alta ante o real. A moeda norte-americana avançou 0,77%, para 2,3575 reais na venda, após bater 2,3268 reais na mínima do dia e 2,3828 reais na máxima. Ao contrário da Bovespa, a moeda norte-americana ainda será negociada na terça-feira pela manhã.

(com agência Reuters)

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