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Alvo da Operação Lava Jato, refinaria de Abreu e Lima entra em operação

Depois de sucessivos atrasos, finalmente a primeira unidade de destilação começa a funcionar em Ipojuca, na região metropolitana do Recife

Por Da Redação
7 dez 2014, 10h07

A Petrobras iniciou no sábado a produção de derivados de petróleo na Unidade de Destilação Atmosférica da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, na região metropolitana de Recife. Os produtos foram enviados para armazenamento em tanques e esferas da refinaria. Em nota, a Petrobras informou que a primeira carga de petróleo, após o processamento na UDA, gerou gás liquefeito de petróleo (GLP), nafta, diesel e resíduo atmosférico (RAT). Além dos derivados, foi produzido também gás combustível, que será utilizado nos processos da própria refinaria.

A Petrobras foi autorizada a iniciar a produção da refinaria nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), para operar a Unidade de Coqueamento Retardado, responsável pela produção do diesel – o principal foco do complexo de refino.

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A autorização, publicada no Diário Oficial da União, limita a capacidade de processamento da unidade. A agência reguladora determinou que a refinaria poderá processar volume de 11.765 m3/dia, o equivalente a 67% da capacidade nominal da refinaria. A Petrobras só poderá operar com carga máxima quando colocar em “perfeito funcionamento” uma unidade responsável pelo controle de resíduos, a Unidade de Abatimento de Emissões (Snox).

A Refinaria de Abreu e Lima, um dos alvos da operação Lava Jato, que investiga esquemas de corrupção na Petrobras, será a maior da estatal em capacidade de produção de diesel quando estiver atuando com capacidade máxima. Com custo inicial previsto de 2 bilhões de dólares, a unidade custou 18,8 bilhões de dólares, o que a torna a refinaria mais cara do mundo.

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A Petrobras prevê que a refinaria estará em operação completa em maio de 2015, quando o segundo parque de refino começará a refinar petróleo e a produção de derivados poderá chegar à capacidade total de 230 mil barris diários. Contudo, as obras que ainda precisam ser concluídas estão paradas. A Petrobras não tem efetuado os pagamentos dos contratos com empreiteiras tanto em Abreu e Lima, quanto no Comperj e também em suas refinarias no exterior, como Pasadena, no Texas.

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Diesel – Além de ser uma das maiores refinarias da Petrobras, a Abreu e Lima é a que tem a maior capacidade para produzir diesel, combustível que o Brasil ainda importa em grandes volumes. A produção desta refinaria pode atender até 17% do consumo brasileiro.

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Com 11 refinarias, a Petrobras não construía uma nova desde 1980, quando inaugurou a Refinaria Henrique Lage em São José dos Campos (SP).

Ao contrário da Refinaria Abreu e Lima, adaptada para a maior parte do petróleo extraído no Brasil, as demais refinarias da empresa foram projetadas para processar petróleo leve importado, já que na época o Brasil ainda carecia de reservas e produção significativa.

Essa característica obriga a empresa a continuar importando petróleo leve e a exportar grande parte do petróleo pesado que extrai da Bacia de Campos.

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Venezuela – Abreu e Lima pertence exclusivamente à Petrobras, apesar de que o projeto era construir uma refinaria binacional entre Brasil e Venezuela.

A Petrobras anunciou em 2013 que terminaria sozinha a construção da refinaria Abreu e Lima devido ao fracasso das negociações com a estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) para que a venezuelana tivesse uma participação na unidade. A intenção era que a Petrobras fornecesse 60% do capital da refinaria e a PDVSA os 40% restantes.

O projeto entre os dois países foi planejado em 2005 pelos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, mas a aliança passou por diversos problemas devido a divergências nos avais apresentados pela PDVSA, o que fez com que a Petrobras arcasse sozinha com os custos da produção.

(Com Estadão Conteúdo e EFE)

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