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À beira do calote, EUA tentam tranquilizar investidores

Por Por Emmanuel Parisse
25 jul 2011, 20h47

Washington tentava nesta segunda-feira tranquilizar os investidores do mundo inteiro através de Hillary Clinton, em viagem a Hong Kong, quando o default continuava ameaçando os Estados Unidos, afetados por um impasse político do Congresso sobre o aumento do limite da dívida.

“Sabemos até que ponto é importante para nós e para vocês (…). Tenho confiança de que o Congresso fará o que tiver de fazer, e chegará a um acordo sobre o teto da dívida (e depois) trabalhará com o presidente Obama em medidas que melhorem nossas perspectivas orçamentárias de longo prazo”, estimou Hillary Clinton em um discurso em Hong Kong.

Essas declarações ocorrem depois de um longo fim de semana de negociações no Congresso, nas quais os legisladores tentaram em vão chegar a um acordo para autorizar uma elevação do teto da dívida, estimada em 14,3 trilhões, e evitar um default antes de 2 de agosto, data limite estimada pelo Departamento do Tesouro, depois da qual já não poderá honrar suas obrigações.

Com a esperança de encontrar uma saída, os líderes democratas do Senado propuseram nesta segunda-feira um plano que prevê um aumento do teto da dívida até 2013, acompanhado de uma redução do déficit em 2,7 trilhões de dólares.

O plano foi apoiado imediatamente pela Casa Branca, à espera de uma reação dos republicanos, que controlam a Câmara dos Representantes.

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Se os republicanos “rejeitarem essa oferta, isso quer dizer que querem um default”, afirmou o senador Charles Schumer, enquanto o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, advertia os republicanos que “a bola está no campo deles” e elogiou sem reservas esse plano “razoável”.

Contudo, o presidente republicano da Câmara dos Representantes, John Boehner, reagiu friamente, afirmando que esse plano estava “cheio de confusões”, que não incluía “mudanças reais na estrutura dos gastos do Estado” e não se orientava para os grandes programas sociais.

Boehner disse que seu próprio plano de redução do déficit inclui “cortes nos gastos maiores que a alta do teto da dívida e que não haverá aumentos de impostos”.

Para os republicanos, deveria haver uma primeiro aumento, a curto prazo, e um segundo que seria aprovado a princípios de 2012, em plena campanha eleitoral.

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Obama falará hoje, às 22h00 de Brasília, sobre como “evitar o default e a melhor maneira de reduzir os déficits”, disse Jay Carney em sua conta oficial no Twitter.

Mais cedo, Obama havia reiterado que “não podemos reduzir nosso déficit somente reduzindo gastos”. O presidente reiterou seu pedido para que os contribuintes mais ricos arquem com sua “justa parte” nas contas estatais.

O FMI advertiu nesta segunda-feira em seu informe anual que Estados Unidos corria o risco de sofrer “um grave choque” se o Congresso não atuar a tempo.

Nesta segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse no Twitter que “os republicanos da Câmara põem em perigo nossa economia ao recusar um compromisso”. Ambos os partidos seguem sem resolver suas diferenças sobre a alta dos impostos, que é vigorosamente recusada pelos republicanos.

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