Fauna brasileira tem 1 173 espécies ameaçadas de extinção
Estudo apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente mostrou que número aumentou 75% em 11 anos. Entraram na lista o macaco-prego-galego e o pássaro maçarico-rasteirinho. Já a baleia jubarte e a arara-azul-grande não são mais considerados sob ameaça de extinção
O Ministério do Meio Ambiente divulgou na quarta-feira as novas Listas Nacionais de Espécies Ameaçadas de Extinção. De acordo com o levantamento, produzido por 1 383 especialistas de mais de 200 instituições, entre 2010 e 2014, o número total de espécies ameaçadas aumentou de 627, na lista anterior, de 2003, para 1 173, um crescimento de 75%.
De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a elevação aconteceu porque a amostra também cresceu. “A lista cresce porque se conhece mais”, alegou a ministra. A lista anterior contemplava 816 espécies, enquanto o novo levantamento considerou 12 256 espécies da fauna brasileira, incluindo peixes e invertebrados.
O grupo de espécies de animais que mais entram na lista foi o dos invertebrados terrestres (148), seguido pelas aves (100), répteis (62), mamíferos (55) e anfíbios (30). Com a atualização, as aves são os animais mais ameaçados, com 234 espécies na lista. O pássaro maçarico-rasteirinho é uma das novas espécies ameaçadas e que tem um grande declínio populacional, segundo a pasta. Outra espécie ameaçada é o macaco-prego-galego, da Mata Atlântica nordestina, que nunca havia sido descrita e já entrou na lista.
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Segundo a ministra, a metodologia utilizada anteriormente definia como objeto de estudo somente as espécies já consideradas potencialmente em risco de extinção. Embora a lista tenha aumentado, 170 espécies deixaram de fazer parte da relação, incluindo a baleia jubarte e a arara-azul-grande, ambas com populações em recuperação, segundo a lista.
Redescobertas – Três espécies consideradas extintas foram reencontradas pelos especialistas: a libélula Fluminagrion taxaense, a formiga Simopelta minina e o minhocuçu Rhinodrilus sasner.
Da lista divulgada em 2003, foram excluídos o albatroz-de-sobrancelha e o primata da Amazônia conhecido como uacari-branco, agora protegido pela Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá. Melhoraram de situação espécies como o mico-leão-preto, o peixe-boi marinho e o bacurau de rabo branco, que só existe em Goiás.
Veja a lista completa.
(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)