Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Policiais do Rio protestam para ter imprensa em reunião

Jornalistas foram impedidos de entrar no ato, e agentes que aderiram à paralisação nacional deixaram a Cidade da Polícia para bloquear via próxima

Por Daniel Haidar, do Rio de Janeiro
21 Maio 2014, 16h09

Centenas de policiais civis do Rio de Janeiro se reúnem na tarde desta quarta-feira para organizar a assembleia que vai decidir os rumos do movimento que aderiu à paralisação nacional de agentes. A imprensa havia sido impedida – sem qualquer justificativa – de participar do encontro, realizado pelo sindicato (Sindpol) na Cidade da Polícia. Em protesto para exigir o livre acesso dos jornalistas, os agentes saíram e bloquearam por cerca de dez minutos uma avenida próxima. O ato surtiu efeito, e os profissionais foram liberados. O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, alegou ter havido um “ruído de comunicação”.

A categoria quer, principalmente, a incorporação de gratificações ao salário, além de um valor maior nos vales refeição e transporte. Mas o governador Luiz Fernando Pezão disse na terça-feira que já concedeu aumento acima da inflação, e nada mais será feito. A paralisação no Estado começou à 0h desta quarta-feira e se estende até meia-noite. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, os policiais estão nas delegacias, sem prestar atendimento. Somente os casos considerados emergenciais, como registro de flagrante, estão sendo feitos.

Em Niterói, policiais civis atuaram em uma operação com o Ministério Público (MP), para prender acusados de matar o subtenente da Polícia Militar Carlos Elmir Pinto de Miranda. Três mandados de prisão temporária e busca e apreensão foram cumpridos pela Divisão de Homicídios. O policial foi morto a tiros no dia 10 de julho de 2012, e as investigações apontam um possível envolvimento da vítima e dos assassinos com a disputa pelo controle da exploração de jogo do bicho e caça-níqueis na Região Metropolitana do Rio. Foram apreendidas três armas, duas granadas e munição.

Leia também:

Leia também: Paralisação de policiais atinge 15 Estados e o Distrito Federal

Outros movimentos – A Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) diz ter apoio para a greve de 24 horas em outros catorze Estados, além do Distrito Federal. Mas o nível de adesão é incerto. Policiais federais e militares são proibidos de participar. Os policiais civis do Pará realizaram na manhã desta quarta uma manifestação na Praça Batista Campos, em Belém. O movimento reuniu poucas pessoas, mas a categoria informou que aderiu ao movimento nacional de paralisação e garante que 50% dos profissionais pararam. O atendimento nas delegacias e na sede da Polícia Civil contudo, não foi prejudicado.

Em Pernambuco, um grupo de oposição ao Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) – que não aceitou parar – vai fazer passeata na área central do Recife nesta tarde para reivindicar melhorias salariais. A segunda paralisação de 24 horas da Polícia Civil da Bahia em pouco mais de um mês – a primeira, em 16 de abril, foi em apoio à paralisação dos servidores estaduais – não afeta a rotina em Salvador. Policiais civis mineiros fecharam o trânsito no início da tarde, no Centro de Belo Horizonte. Cerca de 100 agentes, segundo a PM, fizeram passeata em algumas das principais vias da região central e atearam fogo em caixões que simbolizavam a segurança pública no país.

Continua após a publicidade

A tentativa de paralisação dos policiais civis do Estado de São Paulo fracassou na capital paulista. O movimento, puxado pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), não mobilizou a categoria nem outros servidores da polícia, como delegados e escrivães. De acordo com a entidade, o “ato de advertência” teve maior adesão no interior do Estado, como nas cidades de Bauru e Lins. Na capital de Rondônia, Porto Velho, policiais civis e militares fizeram, de manhã, uma passeata pelas ruas do centro, por melhores condições de segurança e infraestrutura das categorias no Estado.

Governadores sob pressão: policiais planejam paralisação nacional na quarta-feira

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.