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Chefes do crime em SP podem ir para prisão de Mossoró

Ministro da Justiça oferecerá, em reunião nesta terça-feira com o governo de São Paulo, 300 vagas para criminosos envolvidos em mortes de policiais

Por Da Redação
6 nov 2012, 09h00

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – o mesmo que esperou quatro meses para responder a um pedido de recursos do governo de São Paulo que visava a reforçar o aparato de segurança do estado – reúne-se nesta terça-feira com o governador paulista Geraldo Alckmin. Durante o encontro, Cardozo formalizar a oferta ao estado de 300 vagas em presídios de segurança máxima para onde poderão ser enviados criminosos que se envolverem em mortes de agentes públicos. Neste ano, já foram assassinados 90 PMs e três agentes penitenciários no estado de São Paulo. A oferta já havia sido acertada em um telefonema da presidente Dilma Rousseff para Alckmin no dia primeiro.

Quatro unidades – Porto Velho (RO), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Catanduvas (PR) – totalizam 832 vagas, das quais 500 estão ocupadas. A unidade com mais vagas disponíveis é Mossoró. É também a mais odiada pelos detentos – nesta época, o calor passa dos 35°C e recentemente houve problema de abastecimento de água.

O governo federal espera por uma lista de criminosos que o estado pretende isolar. A partir daí, será feita a logística da transferência em um prazo mínimo de 48h a 72h. A União também oferecerá apoio logístico e de inteligência, por meio de técnicos da Receita e do Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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Há expectativa, não confirmada, de que Marcos Camacho, o Marcola, seja incluído na lista. Em 2006, ele comandou a última grande onda de violência desencadeada em São Paulo, com a ajuda de outros líderes dentro dos presídios estaduais. Na ocasião, ele e outros criminosos foram transferidos para presídios de outros estados, mas os bandidos continuaram fazendo as ordens chegarem aos comparsas.

Caso a transferência ocorra, será a primeira vez que detentos paulistas serão isolados em bloco nos presídios federais. O ministro também promete entregar um relatório sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) com informações sobre o modo de atuação do grupo hoje, como ele faz circular seus recursos e um perfil dos seus principais líderes dentro e fora das prisões.

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Reunião – Nesta terça-feira, ocorrerá a primeira reunião entre autoridades federais e estaduais após desentendimentos públicos entre Cardozo e o secretário de estado da Segurança paulista, Antônio Ferreira Pinto. O secretário informou ainda que em junho deste ano solicitou oo ministério o envio de recursos federais para a área de segurança pública que vinham sendo pedidos pela administração Alckmin. Entretanto, o Ministério da Justiça levou quatro meses para responder ao pedido.

A discussão só terminou com a intervenção da presidente Dilma Rousseff, que telefonou para Alckmin e combinou com ele a articulação de um plano de segurança, com tropas federais e estaduais juntas, como ocorreu no Rio e em Alagoas.

Após a intervenção da presidente, Cardozo mobilizou toda a cúpula do ministério para a reunião. O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Coimbra, teve de cancelar participação no encontro anual da Interpol, em Roma, para estar em São Paulo. Também foram convocados os diretores da Polícia Rodoviária Federal, Maria Alice do Nascimento, e do Departamento Penitenciário, Augusto Rossini, além da secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki.

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(Com Estadão Conteúdo)

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