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Advogados interrompem depoimento de Macarrão, com medo de contradições

Defesa considera que goleiro Bruno fez bom depoimento e teme, com isso, que Luiz Henrique Ferreira Romão saia prejudicado no jultamento

Por Andréa SIlva, de Contagem (MG)
11 nov 2010, 21h13

Depois de 11 horas de depoimento do goleiro Bruno Fernandes, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues deu início, às 21h desta quinta-feira, ao interrogatório do amigo do jogador, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Junto com Bruno, ele é acusado de ser um dos mentores do seqüestro e da morte da jovem Eliza Samudio, ex-amante do atleta.

Pouco depois do início da leitora dos depoimentos anteriores do réu, no entanto, os advogados de defesa – que bateram boca com a juíza – disseram que seu cliente não mais responderia as perguntas. A interrupção foi uma estratégia de defesa para evitar, depois de um depoimento considerado bem-sucedido do goleiro, que Macarrão caísse em uma contradição e seja prejudicado no júri.

O promotor do caso, Gustavo Fantini, pediu à magistrada, então, que fosse incluído na ata da audiência que os advogados “operaram uma armação” para prejudicar o julgamento.

O depoimento de Bruno foi considerado importante menos pelos fatos apresentados, mas por ser, desde o início das investigações, a primeira vez em que o jogador respondeu aos questionamentos das autoridades. Apesar de a magistrada ter garantido a ele que o silêncio não seria interpretado como “sentença de culpa”, Bruno concordou em falar – não sem uma visível orientação para sustentar a versão que, ao longo das investigações e do processo, foi apresentada publicamente pelo advogado de defesa Ércio Quaresma.

No início da tarde, depois de o goleiro admitir que estava com Eliza “hospedada” no sítio – ele nega o seqüestro e o crime – e de afirmar que tinha 99% de certeza de que o menino Bruninho, filho da jovem, era seu filho, Bruno ouviu da juíza a seguinte pergunta: “O senhor disse à imprensa que não via Eliza havia dois meses, quando ela desapareceu. Por que o senhor mentiu?”

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O jogador, então, justificou a declaração falsa afirmando que na época era perseguido “por mais de 40 carros” o dia inteiro e que, quando estava treinando ou dormindo em casa, havia “helicópteros” sobrevoando sua casa. “Estava muito nervoso e depois me arrependi de ter mentido”, explicou.

Na época, o goleiro afirmou que não via Eliza havia mais de dois meses e que ela deveria esta viva em algum lugar. “Ainda vou rir muito disso tudo”, disse ele.

A versão apresentada por Bruno para o desaparecimento é a de que Eliza teria viajado, no dia 10 de junho, para São Paulo, para resolver problemas pessoais. Ela teria, segundo ele, pedido para o goleiro tomasse conta do menino Bruninho por sete dias.

No fim do interrogatório, o promotor Gustavo Fantini, que até então não dirigia perguntas ao atleta – o advogado Quaresma havia orientado o cliente a só responder à juíza -, quis saber se Bruno havia, desde o desaparecimento, falado ou feito alglum contato com Eliza. O goleiro negou, mas disse que amigos dele, que seriam jogadores famosos, afirmaram ter visto Eliza em São Paulo.

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