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Cabral e seu grupo chamavam propina de ‘oxigênio’

Os esquemas eram divididos em duas etapas: além dos 5% do valor orçado que ia direto para o chefe da quadrilha, o outro 1% era chamado de 'taxa de oxigênio'

Por Leslie Leitão e Thiago Prado
Atualizado em 17 nov 2016, 14h12 - Publicado em 17 nov 2016, 11h04

Os procuradores do Ministério Púbico Federal e delegados da Polícia Federal começaram a dar detalhes de como funcionava o esquema de propina comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Os esquemas, que movimentaram ao menos R$ 224 milhões, eram divididos em duas etapas: além dos 5% do valor orçado que ia direto para Cabral, o outro 1% era chamado de ‘taxa de oxigênio’, que era entregue à Subsecretaria de Obras, comandada por Hudson Braga.

As investigações indicam que pelo menos três grandes obras foram superfaturadas. A da reforma do Estádio do Maracanã (1,05 bilhão, boa parte de recursos federais); Arco Metropolitano (ao custo de 1,55 bilhão); e obras do PAC em favelas como Manguinhos, Rocinha e Complexo do Alemão (total de 1,14 bilhão).

A Operação Calicute, segundo os investigadores, revela que os acordos eram costurados pelo braço-direito de Cabral, Wilson Carlos, e dois outros assessores próximos conduziam o recebimento das propinas: Carlos Bezerra e Carlos Miranda. Já o ‘oxigênio’ de 1% de Hudson Braga era pago a José Orlando Rebelo e Wagner Garcia.

O esquema desmontado pelos procuradores indica que Cabral tinha mesadas de propina. A Andrade Gutierrez chegou a pagar 350 000 reais mensais durante um ano, enquanto a Carioca Engenharia pagava 200 000 mensais durante o primeiro mandato (2007 a 2010). No segundo mandato, porém, a mesada mais do que dobrou, passando para 500 000 reais. Em relação ao atual governador, Luiz Fernando Pezão, os procuradores informaram que ele não foi citado em nenhuma delação até o momento. Pezão foi vice-governador e secretário de Obras durante todo o governo Cabral. 

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